Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Martins, Fernanda Antunes
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Orientador(a): |
Martins, Adriana de Souza
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Banca de defesa: |
Marinho, Marina Tolentino
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Schogor, Ana Luiza Bachmann
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Zootecnia
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Departamento: |
Departamento de Zootecnia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3735
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Resumo: |
Um dos fatores que comprometem a qualidade do leite é a falta da estabilidade frente ao álcool. A instabilidade do leite causa prejuízos à indústria na produção de derivados lácteos, uma vez que o leite precipita quando submetido ao tratamento térmico. O objetivo da pesquisa foi analisar a estabilidade do leite de produtores do Estado do Paraná, por meio da prova do álcool sob seis concentrações e relacionar com os fatores que possam interferir sobre a estabilidade. Foram coletadas amostras de leite dos tanques de resfriamento dos produtores, sendo as coletas realizadas duas vezes no verão e duas vezes no inverno, gerando 425 e 389 amostras, respectivamente, totalizando 814 amostras. As propriedades foram classificadas de acordo com o nível de intensificação dos sistemas de produção: a pasto com suplementação (PS) e confinamento (CO). No laboratório, às amostras foram submetidas as análises de teste do álcool, acidez titulável e concentração de cálcio iônico (Cai), além da composição química do leite, contagem de células somáticas (CCS) e contagem padrão em placas (CPP). Foram realizadas análises descritivas e de correlação entre as variáveis. Na análise de variância foram avaliados a estação do ano (inverno ou verão) e o sistema de produção (PS ou CO). As análises de regressão logística foram calculadas para determinar a probabilidade de ocorrência de leite instável não ácido (LINA) nas concentrações alcoólicas de 72 e 78 °GL. Na análise de regressão linear múltipla, a estabilidade do leite foi considerada como a variável dependente. A estabilidade do leite foi maior no inverno e apresentou menores teores de Cai em relação ao verão. Quanto ao sistema de produção, verificou-se que as vacas mantidas em confinamento produziram leite com maior estabilidade e teor de lactose em comparação com as vacas criadas sob pastejo. A estabilidade teve correlação negativa com o Cai e positiva com o teor de lactose. A acidez titulável apresentou correlação positiva com a estabilidade, possivelmente devido à elevada acidez natural observada. A incidência de LINA considerando o álcool a 72 °GL foi de 12,16% e no álcool a 78°GL foi de 34,64%. Na regressão logística de risco de LINA72 apenas as variáveis Cai e lactose foram determinantes, enquanto no risco de LINA78 as variáveis determinantes foram o Cai, a acidez titulável, a lactose e o nitrogênio uréico no leite. Na regressão linear múltipla, a lactose (r2 parcial = 0,13) e o Cai (r 2 parcial = 0,06) foram as variáveis que apresentaram incremento linear significativo para a estabilidade do leite, no entanto, o modelo explica apenas 26,6% (r2 total = 0,266) da variação total. Nas condições de produção da pecuária leiteira do Paraná, a ocorrência de LINA72 foi baixa, sendo mais frequente no verão e no sistema de produção a pasto com suplementação. As variáveis determinantes e comuns ao LINA72 e LINA78 foram as concentrações de Cai e lactose. Portanto, comprova-se que a ocorrência do LINA no Estado do Paraná foi baixa e as causas foram multifatoriais. |