Nem santas nem putas, apenas mulheres: espacialidades de mulheres prostitutas de baixa renda no exercício de maternagens em Ponta Grossa – PR.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Przybysz, Juliana lattes
Orientador(a): Silva, Joseli Maria lattes
Banca de defesa: Ribeiro, Miguel Angelo lattes, Silva, Maria das Graças Silva Nascimento
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Doutorado em Geografia
Departamento: Departamento de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2338
Resumo: Esta pesquisa tem como questão central: como se estabelecem as espacialidades de mulheres prostitutas no exercício de maternagens, na cidade de Ponta Grossa, Paraná? Para respondê-la, foram realizados dois levantamentos dos locais de prostituição na cidade, nos anos de 2013 e 2016, envolvendo a aplicação de 115 questionários. A partir desse levantamento, foi possível identificar três locais de prostituição utilizados por mulheres de baixa renda como as boates, bares e ruas específicas da cidade. A identificação das mulheres mães que exerciam a prostituição possibilitou a criação de vínculos durante as observações de campo e a realização de 12 entrevistas em profundidade. A inteligibilidade do fenômeno foi possível por meio da análise das entrevistas conforme metodologia de Silva e Silva (2016). As redes semânticas de sentidos do discurso das mulheres mães que exercem a prostituição na cidade de Ponta Grossa permitem afirmar que apesar de imperar a dicotomia das figuras de mãe e da prostituta, inclusive no imaginário das próprias prostitutas, esta é fruto do discurso hegemônico. As práticas simultâneas da maternagem e da atividade comercial sexual desenvolvidas pelas mulheres entrevistadas elucidam estratégias de ações complementares e interdependentes que fundem a identidade materna à da prostituta. Dessa forma, elas também evidenciam a constituição de um espaço relacional em que o público e o privado não estão opostos e dicotomizados.