Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Perucelli, Tatiane
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Orientador(a): |
Freitas Junior, Miguel Archanjo de
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Banca de defesa: |
Cavichiolli, Fernando Renato
,
Carmo, Gonçalo Cassins Moreira do
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas
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Departamento: |
Setor de Ciências Sociais Aplicadas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3152
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Resumo: |
A cultura e a identidade brasileira são plurais e diversificadas, decorrente dos processos de imigração e migração pelo grande espaço geográfico do país, aos inúmeros momentos de socialização ocorridos em espaços marcados por heterogeneidades, bem como pelas singularidades de cada indivíduo. Por este motivo, o presente estudo busca dar resposta ao seguinte problema: como a literatura acadêmica relata o processo de construção da identidade cultural gaúcha? Partindo desta percepção buscou-se verificar in lócus se o que é apresentado pela literatura brasileira efetivamente ocorre no cotidiano de um Centro de Tradição Gaúcha localizado fora do Rio Grande do Sul. Deste modo, o objetivo geral da dissertação foi identificar e analisar o que a literatura científica produzida no Brasil apresenta sobre processo de construção de uma identidade cultural gaúcha. Para tanto, a dissertação foi construída a partir do método escandinavo, que propõe em sua estruturação, o desenvolvimento de artigos que possuem complementariedade para a compreensão do problema de pesquisa. Através do estado do conhecimento do artigo 1 nota-se que nenhum dos trabalhos encontrados, relata o uso do termo “identidade cultural” e sua relação com a cultura gaúcha demonstra-se através de estudos abordam um imaginário criado em torno da figura do gaúcho. Além disso, a maioria dos estudos é realizado na região Sul do país, em especial no Rio Grande do Sul, demonstrando a carência de estudos com outras perspectivas da cultura gaúcha em outros locais de convivência e identificação. Com o artigo 2 identificou-se uma constante utilização do autor Stuart Hall nos estudos, os quais apresentavam definições repetitivas sobre identidade cultural, evidenciando assim a falta de discussões aprofundadas sobre este conceito. Diante desta lacuna, realizou-se no artigo 3 uma análise dos conceitos de cultura e identidade. Ressalta-se que compreender esses conceitos possuem várias abordagens, é sair de uma perspectiva isolada de pensamento, no intuito de serem repensados e então dialogados a partir de novos quadros teóricos. Observando que o processo de identificação cultural passa por uma essência inicial, a raiz da cultura, que pode ser perpetuada pelo o indivíduo, ou não. Abrindo assim novas visões para o mundo e sua cultura nos processos de identificação. Diante do exposto, o artigo 4 permitiu constatar que os processos de identificação cultural em situações diaspóricas acontecem a partir de um distanciamento das tradições vivenciadas na terra abandonada, um elo se forma com a cultura ao qual foi inserido anteriormente e que no presente se faz distante. Observa-se que o gaúcho em sua vivência no CTG, busca trazer os aspectos mais próximos da cultura que foi deixada, no qual duas culturas convergem com seus propósitos: tradicionalista e a tradicional, esta última mais aberta a mudanças e aceitações dos locais inseridos, no qual os processos de diferenciação começam a influenciar na cultura tornando-a mais flexível e aberta a novos hábitos e costumes. Por fim, nota-se que a identidade cultural é totalmente construída e sofre alterações conforme as experiências dos indivíduos, no qual cada sujeito torna-se responsável em fazer de suas tradições a construção do seu próprio eu. Reforçando como a adaptação dos gaúchos se faz presente através da criação dos CTGs, na tentativa de não se perder totalmente a cultura gaúcha. |