Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Atlantico Souza
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Orientador(a): |
Tavares, Carolina Paioli
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Banca de defesa: |
Salles Filho, Nei Alberto
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Paula, Adriana Inês de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Inclusiva - PROFEI
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Departamento: |
Departamento de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4051
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Resumo: |
O objetivo desse estudo foi investigar as percepções relacionadas à Educação Inclusiva e as necessidades formativas dos profissionais que se encontram ministrando aulas para a disciplina de Educação Física na rede estadual de ensino da cidade de Ponta Grossa/PR e que atuam com estudantes que são o público alvo da Educação Especial (PAEE) na Educação Básica para o Ensino Fundamental II. O grupo experimental do nosso estudo foi composto por profissionais que ministraram aulas para estudantes regularmente matriculados no ano letivo de 2022 e que possuíam alguma deficiência devidamente diagnosticada por profissional qualificado na referida área médica específica e com laudo. A metodologia da pesquisa utilizada nesse estudo se caracterizou como sendo básica estratégica, com abordagem quanti- qualitativa e de cunho interpretativo. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário composto por 20 questões organizadas a partir: a) do perfil profissional; b) de como é/foi a formação docente; c) de quais são as necessidades formativas identificadas, e; d) qual o conceito entendido a respeito da Educação Especial na perspectiva de uma Educação Inclusiva. Os dados obtidos contribuíram na elaboração do Produto Educacional (PE), isto é, em um “Caderno de Orientação” (no formato e-book), em versão eletrônica, e salvo em formato portátil de documento (PDF). Os dados foram analisados considerando quatro blocos: no BLOCO 01, o qual tratou do perfil demográfico dos profissionais da disciplina de Educação Física da rede estadual de ensino da cidade de Ponta Grossa/PR, obtivemos os seguintes resultados: com relação à idade, verificou-se que 77,77% dos professores encontram- se acima dos 35 anos, são majoritariamente do gênero masculino (55,46%), com 72,23% pertencentes ao Quadro Próprio do Magistério – QPM, e ministrando aulas há mais de 10 anos (72,23%). No BLOCO 02, o qual tratou da formação docente dos profissionais da disciplina de Educação Física no contexto da escola inclusiva, verificou-se que: 66,64% concluíram sua formação até o ano 2000, 77,77% finalizaram sua graduação em instituições públicas, 94,44% realizaram o curso de licenciatura plena, 88,88% concluíram, pelo menos, um curso de pós-graduação após o término da formação inicial, dentre os quais 44,44% possuem pós-graduação em Educação Inclusiva e, dentre estes, apenas um professor com o título de mestre. No que diz respeito a existência de uma disciplina que abordasse a deficiência em sua formação, 66,65% relataram não terem sido ministrados conteúdos relativos ao tema. No que diz respeito as análises qualitativas, estabeleceram-se as seguintes categorias para a realização da Análise de Conteúdo (AC) – Informação/Conhecimento, Despreparo e Formação Continuada. As categorias elencadas representam temas recorrentes, o que nos faz inferir que necessitam de atenção e continuidade de investigação e reflexão. No BLOCO 03, o qual tratou das necessidades formativas dos professores de Educação Física que atuam com estudantes que são o PAEE na Educação Básica para o Ensino Fundamental II, verificou-se que: 66,64% possuem tal formação. Um dado bastante singular merece destaque, apesar do percentual que possui formação em Educação Inclusiva, 61,12% não se sentem capazes de atuar com esse público. Apesar disto, 88,89% acreditam contribuir para uma Educação Inclusiva. No que se refere as atitudes que os professores consideram mais relevantes para a melhora de sua prática pedagógica, a Inclusão contabilizou 66,67% das respostas. No BLOCO 04, o qual tratou do conceito de Educação Inclusiva na percepção dos professores de Educação Física, tendo por destaque as implicações em se lecionar para alunos com deficiência: pode-se inferir que o conceito de Educação Inclusiva é compreendido, na perspectiva abordada pela questão, como Aceitação e Inserção, ambas representando 16,68% das respostas encontradas. Dentre os docentes, verificou-se que 88,89% acreditam que estudantes com deficiência(s) podem sim ser inclusos no Ensino Regular. De acordo com o tipo da deficiência presente em sala de aula e devidamente diagnosticada por profissional da área médica específica e com laudo, o Autismo apresentou uma incidência de 37,50%, a Deficiência Física (31,25%), o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade – TDAH (21,87%), e a Deficiência Intelectual (9,38%). E como resultado final para este último bloco, 72,22% dentre os professores acreditam que a Educação Continuada os tornaria mais qualificados. Sendo assim, acredita-se que este estudo contribuiu no sentido de demonstrar as percepções relacionadas à Educação Inclusiva e as necessidades formativas dos profissionais que ministravam aulas para a disciplina de Educação Física na rede estadual de ensino da cidade de Ponta Grossa/PR e que atuavam com estudantes que são o PAEE na Educação Básica para o Ensino Fundamental II. |