Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Bruna Alves
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Orientador(a): |
Leandro, José Augusto
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Banca de defesa: |
WADI, Yonissa Marmitt
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Borges, Adriana Araújo Pereira
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas
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Departamento: |
Setor de Ciências Sociais Aplicadas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2922
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Resumo: |
A presente tese tem por objetivo principal historicizar, a partir de uma perspectiva feminista, as ações coletivas e de advocacy realizadas por mães de crianças diagnosticadas com autismo no Brasil ao longo das décadas de 1980 a 2010. Para tanto, recuamos às décadas de 1940 a 1970, objetivando entender a construção da relação autismo/maternidade operada em discursos acadêmicos e também na imprensa periódica brasileira. Nosso recorte temporal central, 1980-2019, considerou a emergência das primeiras associações de mães e pais de autistas e a aprovação da lei Berenice Piana (lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012), considerada pelos militantes da causa do autismo como um marco na história da cidadania dos autistas. Assim, verificamos como os aspectos dessa lei foram compreendidos pelas mães entrevistadas. Nesse sentido, a tese aqui defendida é a de que a divulgação do autismo na mídia, em especial a partir de jornais impressos – e também no âmbito acadêmico –, só acontece em larga escala no Brasil a partir do final da década de 1980, sendo fundamentais as ações coletivas e de advocacy das mães de autistas. Essas mães tanto queriam entender o significado do fenômeno como também pressionar o Estado para que este, por meio de políticas públicas, garantisse direitos sociais a seus filhos. Ao articularem uma determinada luta para a conquista de cidadania para os autistas, as mulheres ressignificaram suas identidades como mães e deslocaram seus lugares e papeis no interior da família. Tal identidade foi elaborada a partir da recusa ao regime de culpa no qual foram inseridas (mãe-geladeira), para a elaboração de uma outra forma de exercício da maternidade: a mãe ativista. |