Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
HOLOWATE, Isaias
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Orientador(a): |
STANCIK, Marco Antonio
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Banca de defesa: |
Leandro, José Augusto,
Ross, Silvia de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Departamento de História
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2654
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Resumo: |
A presente dissertação investiga a construção e as complexidades das representações sobre a eugenia na sociedade ponta-grossense entre os anos de 1908 e 1916. A eugenia foi um movimento científico e social desenvolvido na segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX, a partir das obras do antropólogo inglês Francis Galton. Inicialmente, o discurso eugenista tinha por objetivo defender a possibilidade do aprimoramento da espécie humana. Porém, ao ser apropriado por entusiastas das mais diversas regiões do mundo, a eugenia foi representada de forma a atender às necessidades dos grupos que se utilizavam dela, dando origem a uma diversidade de correntes de representações sobre o tema. Assim, as representações sobre a eugenia construídas em ambientes próprios, embora produzidas em relação ao discurso galtoniano, também apresentavam particularidades e peculiaridades. No Brasil, e especificamente, em Ponta Grossa, os discursos eugênicos foram apropriados e representados de forma a atender as necessidades de explicação de grupos locais e nacionais, especialmente de uma classe média e alta formada por entusiastas e intelectuais médicos, juristas, professores, escritores e comerciantes. Ponta Grossa, no início do século XX, estava passando por um período de intensas transformações sociais e culturais com o desenvolvimento de uma sociedade urbana local. Nessa cidade, assim como a instalação das ferrovias, energia elétrica e urbanização, a fundação do jornal Diário dos Campos era vista como sinal do avanço em direção ao progresso. Nas páginas do impresso, os signos e significados do discurso eugenista foram amalgamados a conceitos presentes na identidade da população e utilizado de forma a responder às necessidades locais próprias. Tais processos de reconstruções discursivas deram origem a construções de sentidos próprias para o discurso eugênico, de forma com que entre as representações sobre a eugenia no meio local, nacional e internacional haviam divergências, convergências e peculiaridades. A pesquisa é conduzida através de um estudo embasado nos princípios da História das Representações e utilizando como fonte as publicações do jornal ponta-grossense Diário dos Campos entre os anos de 1908 e 1916, realizando o levantamento, análise e reflexão das representações sobre a eugenia presentes nos artigos do jornal Diário dos Campos e na busca por sinais, vestígios e indícios nos interstícios dos textos e fontes complementares que auxiliam na compreensão dos debates e construções representativas sobre a eugenia no jornal local. Assim, a partir disso, se tornou possível compreender e apontar os processos que envolveram a produção representativa e os sentidos adquiridos pela eugenia no impresso local ponta-grossense. |