Estratificação de risco cardiovascular para a promoção à saúde em doadores de sangue do Hemonúcleo de União da Vitória - Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Savi, Alessandro Otávio Silton lattes
Orientador(a): Reis, Elise Souza dos Santos lattes
Banca de defesa: Muller, Erildo Vicente lattes, Mello, Rosiane Guetter lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3992
Resumo: As doenças crônicas não transmissíveis representam mais de 50% das mortes no Brasil, entre elas as doenças cardiovasculares (DCV), sozinhas, são responsáveis por mais de 30% de todos os óbitos em adultos entre 30 e 69 anos. Doações de sangue com presença de lipemia, não são um fato inédito ou desconhecido nos bancos de sangue. Estudos realizados em bancos de sangue do Paraná, demonstraram cerca de 30% de descartes dos hemocomponentes plasmáticos por apresentar lipemia. Neste estudo, foi determinado o risco cardiovascular em doadores de sangue, estabelecendo a prevalência de risco cardiovascular (RCV) através do Escore de Risco Global (ERG) e através dos resultados encontrados, proposto um fluxo para a ampliação da rede interdisciplinar e multidisciplinar de prevenção através dos serviços de hemoterapia. Após o sorteio aleatório dos doadores, entre setembro e novembro de 2022, foi aplicado um questionário para avaliar as condições de saúde, além de exames laboratoriais para determinar a presença de dislipidemias e diabetes e determinar também, o RCV nesta população aparentemente saúdável. Ficou estabelecido após análise dos resultados, presença de dislipidemias nos doadores, com 41,48% doas doadores com triglicerídeos acima de 175 mg/dL e em referência ao RCV, 57,21% apresentaram baixo risco (RCV <5%), risco intermediário (RCV 5% a 20%) 27,95% e 14,85%, apresentaram RCV alto risco (RCV >20%) e podem apresentar algum evento cardiovascular em 10 anos, média esta acima da prevalência na população brasileira. Conclui-se então que a identificação precoce do risco cardiovascular na população, é uma importante estratégia de prevenção e cuidado, a fim de prevenir os fatores de risco das DCV, e que os serviços de hemoterapia podem ser um grande aliado na ampliação da rede multidisciplinar de cuidado de informação e prevenção, na identificação destes doadores que desconhecem a presença de risco cardiovascular.