Potencial forrageiro e desempenho de bovinos de corte em pastagem de Hemarthria allISSIma cv. Flórida pastejada em quatro alturas sob lotação contínua

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Petkowicz, Karina lattes
Orientador(a): Pontes, Laíse da Silveira lattes
Banca de defesa: Martins, Adriana de Souza lattes, Kunrath, Taise Robinson lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Zootecnia
Departamento: Departamento de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3563
Resumo: O sistema de produção animal a pasto é a forma mais econômica de produção, porém, é necessário um bom planejamento forrageiro. O vazio forrageiro outonal é comum no subtrópico brasileiro. A Hemarthria altissima possui relativa tolerância ao frio e menor sensibilidade ao fotoperíodo, podendo ser uma alternativa de uso em tais períodos, além de boa produção em condições limitadas de fertilização. Contudo, as diferentes cultivares possuem diferenças morfológicas entre si, necessitando de estudos específicos para a determinação da altura ideal de manejo. O objetivo do presente estudo foi determinar a altura de manejo para a H. altíssima cv. Flórida que maximize o desempenho animal e a produção de forragem. O experimento foi conduzido no IDR-Paraná, em Ponta Grossa-PR, de outubro de 2019 a abril de 2020. A área experimental foi dividida em 12 unidades experimentais com área variável conforme o tratamento, que foram 10, 20, 30 e 40 cm de altura de manejo do pasto. Foram utilizadas novilhas da raça Purunã com idade média inicial de 15 meses sob pastejo contínuo com carga variável. Não foram observadas diferenças significativas (P>0,05) entre os tratamentos para as variáveis densidade de perfilhos (1312 ± 83,42 perfilhos/m²), filocrono (67 ± 0,86 graus dias), tempo de vida das folhas (623 ± 21,97 graus dias), taxa de acúmulo (55,1 ± 5,24 kg MS/ha/dia), proporção de material senescente (20,2 ± 1,24%) e produção total de forragem (12428 ± 1323,1 kg MS/ha). O número de folha expandidas variou significativamente (P<0,05) de 8,5 (10 cm) a 10,6 (40 cm) folhas. A porcentagem de folhas foi significativamente maior nos tratamentos 10 e 20 cm, com 42,7 ± 1,32 e 34,7 ± 3,54 % respectivamente. Para cada centímetro de aumento na altura do pasto, houve um aumento de 118,9 kg de MS/ha. Quando o efeito do período foi incluído na análise de variância (i.e. intervalos de 28 dias), observou-se um maior ganho médio diário (GMD) na primavera e no verão (0,632 ± 0,0548 kg/animal/dia), devido aos maiores valores de oferta de forragem (14,4 ± 3,18 %), oferta de lâminas (5,1 ± 0,96%) e taxa de acúmulo (80,7 ± 14,819 kg MS/ha/dia) no mesmo período, enquanto o ganho por área foi maior no verão (3,5 ± 0,30 kg/ha/dia) em função de uma maior carga animal (2426 ± 297,5 kg/ha), independente do tratamento, pois não foram observadas interações significativas entre estes dois fatores (i.e. período x tratamento). Um maior GMD (0,660 ± 0,0108 kg/animal/dia) foi observado no tratamento 40 cm, mas também um menor ganho por área (351 ± 5,5 kg PV/ha) em decorrência de uma menor carga (1057 ± 7,11 kg PV/ha). Análises de regressão mostraram valores máximos para o GMD com altura em torno de 32 cm (0,61 kg/animal/dia). Relação quadrática significativa também foi observada entre a altura da pastagem e o ganho por área, com valores máximos em torno de 21 cm (433,8 kg de PV/ha em 177 dias de pastejo). Portanto, esta faixa de altura da pastagem (21-30 cm), que equivale a um pastejo moderado, pode ser considerada para o manejo da cv. Flórida.