Cratera de impacto de vista alegre (coronel vivida, pr) e seu conteúdo geocientífico como educação não formal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Hundsdorfer, Marco Aurélio Riesemberg lattes
Orientador(a): Liccardo, Antonio lattes
Banca de defesa: Carneiro, Celso Dal Ré lattes, Guimarães, Gilson Burigo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Gestão do Território
Departamento: Departamento de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2344
Resumo: Em Coronel Vivida (PR), no distrito de Vista Alegre, foi identificada um cratera de impacto de meteorito em 2004, que posteriormente foi tombada como patrimônio geológico-geomorfológico paranaense. A cratera se situa a 12 quilômetros da sede do município e apresenta 9,5 quilômetros de diâmetro. É considerada rara por ser uma das sete crateras de impacto conhecidas no Brasil, e uma das quatro existentes sobre derrames de lava basáltica no mundo. Sua descoberta fomentou estudos científicos sobre o geossítio que, porém, estiveram restritos ao meio acadêmico e não chegaram à população paranaense e à comunidade local com o alcance desejado. O impacto aconteceu há aproximadamente 115 milhões de anos e deixou registros geológico-geomorfológicos na paisagem, que sofreram modificações ao longo destes últimos milênios. A análise realizada neste trabalho, a partir de estudos teóricos e levantamento de campo, envolve discussões sobre a origem de asteroides e meteoritos, sua importância na história do planeta e investiga o contexto de evolução da cratera de impacto de Vista Alegre. O desconhecimento das características do geossítio e seu valor tende a colocar em risco a preservação do patrimônio científico-cultural. Ações de divulgação e subsídios para fomentar o turismo foram implantadas no local a partir de 2007, como a instalação de painéis explicativos e a distribuição de folhetos. Em 2016 foi construído um mirante para a contemplação da paisagem da cratera, buscando fortalecer o geoturismo e divulgar o geossítio. Entretanto, não há um sentimento de pertencimento por parte da população local e o geossítio é pouco valorizado como patrimônio estadual, muito em função da ausência de disseminação de uma cultura de conhecimento científico. Este trabalho busca, por meio da educação não formal, a difusão pública do conteúdo geocientífico referente ao geossítio, procurando sua valorização como patrimônio por parte da comunidade. Com este escopo foi elaborado um vídeo-documentário que apresenta: a origem de asteroides e sua interação com a Terra através de impactos; o contexto geológico antes do impacto que ocasionou a cratera; o evento que a formou, sua idade e sua evolução, incluindo também fatores antrópicos. São correlacionados aspectos astronômicos, geológicos e climáticos para um melhor entendimento da raridade desta feição geológica e a necessidade de sua preservação. O vídeo foi disponibilizado na internet e aplicado, em caráter experimental, a um público de universitários e professores da rede pública estadual com questionários que buscaram avaliar sua eficácia na compreensão do tema. As informações resultantes apontaram que o vídeo não é suficiente para amplo aprendizado sobre o tema, mas induz o interesse e promove conscientização patrimonial. Estatísticas da divulgação na internet mostraram cerca de três mil visitas em três meses de exposição, o que sugere avanços no conhecimento mínimo sobre o geossítio em médio e longo prazo.