Influência de diferentes protocolos de cimentação na resistência de união em cerâmicas com diferentes composições

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Campos, Veridiana Silva lattes
Orientador(a): Gomes, Jpão Carlos lattes
Banca de defesa: Albuquerque, Rodrigo de Castro, Arrais, César Augusto Galvão, Cardenas, Andrés Felipe Millan, Loguercio, Alessandro Dourado
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Departamento de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2513
Resumo: O objetivo desse trabalho in vitro foi avaliar a resistência de união ao microcisalhamento (μSBS) de cerâmicas com diferentes graus de translucidez e agentes de cimentação, no tempo imediato e após simulação de 1 ano de envelhecimento em termociclagem, assim como avaliar a composição elementar por espectrometria de energia dispersiva (EDS). Foram selecionadas 4 cerâmicas: Dissilicato de lítio (DL), Prettau Anterior (PA), Prettau (PR) e ICE (IC). Os espécimes cerâmicos foram distribuídos em 16 grupos experimentais (n=5) a depender da combinação de variáveis: cerâmica vs tratamento de superfície (silano- SL ou silano+adesivo- AS) vs tempo de armazenamento (imediato e longevidade) vs cimento resinoso (Variolink II ou Variolink Veneer). As cerâmicas de zircônia foram submetidas ao jateamento com óxido de alumínio e a cerâmica de dissilicato de lítio foi condicionada com ácido fluorídrico à 5% por 20s. Realizado o tratamento de superfície de acordo com cada grupo experimental, tubos de tygon foram posicionados na superfície da cerâmica e preenchidos com cimento resinoso. Após 24 horas em estufa à 37ºC e após 10.000 ciclos térmicos, os espécimes foram submetidos ao teste de microcisalhamento, numa velocidade de 1mm/min até a falha. As falhas foram observadas em microscópio óptico num aumento de 100x, e avaliadas em microscopia eletrônica de varredura (FEG) com uma magnificação de 150x. Adicionalmente, as cerâmicas foram submetidas ao teste de espectrometria de energia dispersiva (EDS) para avaliação da sua composição elementar. Para fins estatísticos, optou-se por dividir os resultados em duas condições experimentais: uma para o cimento Variolink II e outra para o Veneer. Portanto, para cada cimento os dados da μSBS foram submetidos ao teste de μSBS (ANOVA 3-fatores e Tukey, α = 0,05). Para o cimento Variolink II, não foi encontrada interação tripla significativa (p>0,05). A interação dupla tratamento vs tempo (p<0,001) foi significativa, sendo os valores de μSBS imediato estatisticamente superiores à longevidade. Já a interação dupla tratamento vs cerâmica, foi estatisticamente significante (p=0,039), sendo que as cerâmicas à base de zircônia tiveram maiores valores de resistência de união, independente do tratamento de superfície. E a interação dupla tempo vs cerâmica (p<0,001) mostrou uma diminuição da μSBS de todas as cerâmicas após a termociclagem. O cimento Variolink Veneer mostrou uma interação tripla significativa (p<0,001) para todos os grupos. Independente do tratamento de superfície e da cerâmica, estatisticamente os maiores valores de resistência de união foram encontrados no tempo imediato, e as cerâmicas à base de zircônia apresentaram valores estatisticamente superiores ao dissilicato de lítio. Pode-se concluir que as cerâmicas de zircônia são mais resistentes ao microcisalhamento, no tempo imediato e após termociclagem; e que a associação AS interfere positivamente nos resultados à longo prazo.