SAÚDE BUCAL DE GESTANTES DE ALTO RISCO ATENDIDAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE EM UM MUNICÍPIO DO SUL DO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Luz, Milena Correa da lattes
Orientador(a): Chibinski, Ana Claudia lattes
Banca de defesa: Borges, Pollyanna Kássia de Oliveira, Ditterich, Rafael Gomes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Departamento de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2567
Resumo: Este estudo teve como objetivo identificar e caracterizar a condição de saúde bucal e a necessidade de tratamento odontológico de gestantes de alto risco atendidas na Rede de Atenção Materno Infantil de Ponta Grossa - PR. O estudo teve como população-alvo gestantes classificadas com gravidez de alto risco que fizeram o pré-natal no Sistema Único de Saúde no município. A pesquisa se deu por meio de um formulário estruturado, contendo questões sobre características sociodemográficas, impacto da condição bucal na qualidade de vida através do Índice OHIP, ansiedade frente ao tratamento odontológico pelo índice DAS, necessidade referida e uso de serviços odontológicos. E uma avaliação clínica, sendo identificadas a experiência de cárie através do Índice CPOD, condição periodontal pelo Índice CPI, presença de biofilme pelo Índice IHOS e necessidade de tratamento. Foram entrevistadas e responderam ao questionário 268 gestantes, sendo que 99 dessas não aceitaram passar pela avaliação clínica de saúde bucal. Dessa forma, a amostra do estudo foi constituída de 169 gestantes. A maioria das participantes eram adultas jovens, entre 20 e 35 anos, brancas, casadas ou em união estável, com baixa renda familiar e com o ensino médio completo ou mais de escolaridade, já possuíam outros filhos e estavam no terceiro trimestre da gestação. Com relação ao risco gestacional, o maior número de gestantes foi classificado como alto risco para o pré-natal por endocrinopatia (24,6%), hipertensão (20,6%) e dependência de drogas (lícitas e ilícitas) (19,4%). Mais da metade das gestantes apresentou nenhum ou baixo nível de ansiedade frente ao tratamento odontológico. Porém 12,4% das entrevistadas se mostraram muito ansiosas. Não houve impacto da condição bucal na qualidade de vida das entrevistadas, sendo que a média do OHIP-14 foi de 5,5. Com relação à experiência de cárie, o CPO-D médio das gestantes foi de 9,4 sendo que praticamente todas as gestantes apresentam histórico de cárie (94,7%) e apenas 4,7% da amostra possuía todos os dentes hígidos. Com relação à condição periodontal, apenas 23,2% apresentou gengiva e periodonto hígidos, sendo o sangramento gengival a condição mais frequente (53,8%). Quanto à presença de biofilme, 66,7% das gestantes apresentaram higiene bucal ótima ou boa. Conclui-se que a maioria das gestações do estudo é classificada como alto risco por hipertensão, endocrinopatias e dependências de drogas lícitas e ilícitas. A utilização de serviços de saúde bucal recente ou durante a gestação é maior do que a referida por outros estudos no Brasil. A maioria das gestantes apresentou-se pouco ansiosa e com baixo impacto da condição bucal na qualidade de vida, apesar de perceberem necessidade de tratamento odontológico. Os resultados indicaram condições satisfatórias de saúde bucal entre as gestantes de alto risco, no que ser refere à experiência de cárie, condição periodontal e necessidade de tratamento, com maiores prevalências naquelas com pior condição social.