Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Vitória
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Orientador(a): |
Pinto, Márcia Helena Baldani
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Banca de defesa: |
Rocha, Juliana Schaia,
Chibinski, Ana Cláudia Rodrigues |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
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Departamento: |
Departamento de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3391
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Resumo: |
Durante a gravidez ocorrem alterações fisiológicas e psicológicas no organismo da mulher, capazes de provocar prejuízos durante o nascimento e, posteriormente, na saúde do bebê. O presente estudo teve como objetivo caracterizar e comparar a condição de saúde bucal e necessidade de tratamento odontológico (clínica e autorreferida) e seus impactos na qualidade de vida de mulheres com gestação de baixo e alto risco, que realizaram o acompanhamento pré-natal pelo Sistema Único de Saúde no município de Ponta Grossa – PR entre 2017 e 2020. Foi realizado estudo transversal com uma amostra não probabilística por conveniência de 405 gestantes, estratificadas em dois grupos segundo o risco gestacional, que responderam a um questionário estruturado, com questões sociodemográficas, condição de saúde bucal e necessidade de tratamento odontológico autorreferida (“você está com algum problema bucal atualmente?” e “você acha que necessita de algum tratamento bucal?”), e impacto da condição bucal na qualidade de vida por meio do instrumento OHIP-14 (Oral Health Impact Profile). Foi realizada avaliação clínica da experiência de cárie e necessidade de tratamento odontológico pelo índice CPO-D (dentes cariados, perdidos e restaurados), condição periodontal pelo índice CPI (periodontal comunitário) e higiene bucal pelo índice IHO-S (higiene oral simplificado). Os dados categóricos foram analisados através do teste Qui-quadrado de Pearson e teste Z, com pós-teste de Bonferroni. As diferenças entre variáveis contínuas foram verificadas com o teste U de Mann-Whitney. A análise das associações bivariadas entre a exposição (risco gestacional) e o desfecho (condição bucal e necessidade de tratamento clínica e autorreferida) foram estimadas pela razão de prevalência, através da análise de regressão robusta de Poisson, com intervalo de confiança de 95%. Não foram identificadas diferenças significativas quanto à condição bucal e necessidade de tratamento odontológico percebidos entre as gestantes de baixo e alto risco. Quanto às condições clínicas, não houve diferença entre os grupos quanto à presença de dentes cariados ou necessidade de tratamento restaurador. Entretanto, o impacto da condição bucal na qualidade de vida (OHIP-14) foi maior entre as mulheres com gestação de alto risco (p=0,047), assim como o Índice CPO-D (p<0,001), a presença de dentes restaurados (p=0,012) e higiene bucal ruim (p=0,003). As gestantes de baixo risco, por sua vez, apresentaram maior quantidade de dentes com cálculo e bolsa periodontal (p<0,001), e maior necessidade de tratamento endodôntico e exodontias (p=0,003). Esses desfechos permaneceram associados ao risco gestacional mesmo após controlados por idade, trimestre gestacional, ter ou não outros filhos, cor/raça e escolaridade, com exceção do impacto na qualidade de vida que deixou de mostrar diferença entre os grupos. Apesar da maior experiência de cárie, as gestantes de alto risco apresentaram melhor condição bucal. No entanto, a maior quantidade de biofilme presente nesse grupo indica que fatores relacionados ao risco gestacional podem interferir negativamente sobre a higiene bucal, o que demanda atenção da equipe de saúde durante o pré-natal odontológico. |