Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Koch, Mariana Schechtel
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Orientador(a): |
Vellosa, José Carlos Rebuglio
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Banca de defesa: |
Olivato, Juliana Bonametti
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Miné, Júlio César
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Ferro, Marcelo Machado
,
Barbosa, Cristiane Rickli
,
Ávila, Debora Rafaelli de Carvalho
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
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Departamento: |
Departamento de Ciências Farmacêuticas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4117
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Resumo: |
A doença renal crônica (DRC) é caracterizada pela perda gradual e irreversível da função renal ao longo do tempo, causada principalmente por diabetes e hipertensão arterial, e que devido à sua prevalência crescente em todo o mundo, bem como ao seu impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes e nos custos associados ao tratamento, representa importante problema de saúde pública. A perda da função renal leva a uma série de complicações, incluindo disfunções neurológicas, com um destaque para a alteração da complacência intracraniana em indivíduos que realizam hemodiálise. Informações sobre a pressão intracraniana (PIC) no curso da DRC são muito escassas e o objetivo deste trabalho foi melhorar a compreensão desta associação. A estrutura deste trabalho é organizada em capítulos: o primeiro compreende a revisão bibliográfica, abordando sobre os aspectos principais a respeito da DRC e da PIC, com foco na tecnologia médica brain4care de monitorização não invasiva. O segundo capítulo se refere ao estudo realizado com pacientes com DRC que ainda não realizam terapia substitutiva e grupo controle, num centro de terapia renal substitutiva (TRS), da cidade de Ponta Grossa- PR. A pesquisa envolveu um total de 206 participantes, dos quais 186 eram portadores de DRC. Os principais resultados da pesquisa compreendem a constatação de que não há diferença na PIC entre os estágios da DRC, incluem evidências do comprometimento na autorregulação cerebral em pacientes com DRC, reflete sobre a possibilidade de variáveis como a prática de exercícios físicos, o acompanhamento nutricional e o controle dos níveis de sódio, TSH e ferritina terem influência na PIC em doentes renais e, por último, destaca a importância de estabelecer pontos de corte para a razão P2/P1 em várias condições e patologias. O terceiro capítulo traz uma comparação entre os dados dos parâmetros de PIC dos indivíduos do estudo do capítulo II com uma pesquisa realizada com pacientes em hemodiálise. Os resultados indicam que a hemodiálise desempenha um papel significativo no controle da complacência intracraniana em pacientes com DRC avançada, já que os parâmetros de PIC demonstraram melhores condições nestes pacientes. O quarto e último capítulo apresenta o relato de dois casos que se destacaram por suas condições notáveis. O primeiro descreve um paciente diabético, que teve sua PIC monitorizada em fevereiro e setembro de 2020. No dia da primeira monitorização, foi detectada significativa alteração de PIC e comprometimento da acuidade visual. No período entre as monitorizações, houve piora nos exames laboratoriais, mas apesar disso, os parâmetros de PIC estavam próximos da normalidade e a acuidade visual melhorou, provavelmente em decorrência da troca de diuréticos. O segundo, relata o caso de uma paciente portadora de lúpus eritematoso sistêmico (LES), cujos parâmetros de PIC estavam significativamente abaixo do padrão, indicando a possibilidade de hipotensão intracraniana, corroborada pelos sintomas de cefaleia ortostática e sintomas vestibulares-cocleares. |