Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Morais, André de
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Orientador(a): |
Ornat, Marcio Jose
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Banca de defesa: |
Rocha, Heder Leandro
,
Melo, Silas Nogueira de
,
Chimin Junior, Alides Baptista
,
Milanese, Pablo
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Doutorado em Geografia
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Departamento: |
Departamento de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3847
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Resumo: |
Esta Tese tem como fio-condutor o seguinte questionamento: Como se instituem as trajetórias geográficas dos homens condenados por tráfico de drogas em situação de reclusão na Penitenciária Estadual de Ponta Grossa, PR (PEPG-PR)? Para responde-lo, realizamos 18 entrevistas com homens que cumprem pena em regime fechado na PEPG, condenados por artigos relacionados ao tráfico de drogas presente na Lei 11.343/06. Para tornar possível a sistematização e análise dessas entrevistas, propusemos uma adaptação à metodologia de Análise de Conteúdo. Resultante disso, com a transcrição do áudio, classificamos os trechos de discursos, também denominados de evocações, em categorias e espacialidades discursivas, que se relacionam aos períodos de vida correspondentes às trajetórias dos entrevistados. A partir dessas evocações, compreendemos que esses sujeitos têm suas trajetórias marcadas pela condição de serem homens que, para além da faceta de masculinidade, também são em maioria pobres, jovens e com baixo grau de escolaridade. Esses marcadores não podem ser encarados de maneira isolada, porém a partir de suas intersecções, que se relacionam diretamente com eixos de desigualdade, que podem intensificar ou mitigar suas posições de centro ou margem nas espacialidades que compõem. Compreendemos que o tráfico de drogas, neste sentido, constitui-se de uma espacialidade composta a partir de um leque limitado de possibilidades para as existências desses sujeitos que, por ser sempre aberta e porosa, resultante das interrelações, múltipla e em constante construção, também colabora para a abjeção de seus corpos. Aquilo que exploramos nesta reflexão busca, através da correlação entre o lastro teórico, empírico e metodológico, colaborar para o enriquecimento do campo específico do saber geográfico, bem como para as discussões interessadas em repensar as políticas públicas no Brasil relacionadas à problemática apresentada. |