Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Edilson de
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Orientador(a): |
Freitas Junior, Miguel Archanjo de
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Banca de defesa: |
Ribeiro, Luiz Carlos,
Oliveira Júnior, Constantino Ribeiro,
Domingos, Nuno,
Antunes , Alfredo César |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas
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Departamento: |
Setor de Ciências Sociais Aplicadas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2457
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Resumo: |
O objetivo do presente estudo foi interpretar e analisar a relação das representações sociais, emergentes do processo de aprendizagem da cultura futebolística, com a construção do habitus dos jogadores do Mirante Esporte Clube, localizado na cidade de Ponta Grossa - Paraná (2013-2017). Para tanto, optou-se pelos direcionamentos da etnografia, pois eles guiam os pesquisadores no processo interpretativo do “ponto de vista” e da “visão sobre o mundo” dos agentes pertencentes ao grupo social investigado, através das interpretações de suas práticas simbólicas. No decorrer deste processo investigativo, em que se permaneceu mais de três anos in loco, totalizou-se aproximadamente 180 saídas a campo. Com tempo médio de permanência in loco de 5 horas, passou-se mais de 900 horas no campo. Empreendimento estruturado em cinco capítulos relacionais, em que se analisou a importância da sociabilidade, das relações de longa duração e das famílias para a preservação das atividades do campo, bem como as lógicas específicas que atribuíam aos veteranos um posto privilegiado na dinâmica do campo. Explorou-se, também através dos rituais de preparação para os jogos, as dimensões afetivas e simbólicas do futebol, que possibilitavam a transformação dos jogadores do “eu social” para o “eu jogador de futebol”. Ao longo da análise, compreendeu-se o campo futebolístico amador pontagrossense como um espaço de tensões entre valores, sentimentos e visões de mundo, interiorizadas pelos agentes nos diversos campos sociais em que circulavam cotidianamente, de acordo com suas posições no mundo social. Estes conflitos emergiam, porque, ao adentrarem em um campo de futebol, as disposições de agir, as práticas e as representações sociais dos jogadores, sobre os mais diversos temas que atraíam suas atenções cotidianamente não eram pendurados e deixados dentro dos vestiários. Não obstante, o inverso também ocorria, pois, os valores, os sentimentos, as práticas e as disposições de agir, ensinadas e aprendidas nestes espaços sociais transcendiam o campo específico e passavam a ser exteriorizadas ou reproduzidas em outras estruturas sociais, como a família, a escola, o trabalho, entre outros. Portanto, ao analisar as representações sociais destes agentes e grupos neste campo específico, identificou-se princípios geradores e disposições deste habitus, expressos através de práticas e representações sociais sobre os objetos significativos para o campo. Desse modo, verificou-se, também, uma dinâmica relacional entre as representações sociais e a construção do habitus dos agentes envolvidos com o campo futebolístico amador de Ponta Grossa. |