Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Gaspar, Maria Dagmar da Rocha
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Orientador(a): |
Farago, Paulo Vitor
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Banca de defesa: |
Pupo, Yasmine Mendes
,
Bordin, Danielle
,
Silva, Carla Luiza da
,
Gomes, Mona Lisa Simionatto
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
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Departamento: |
Departamento de Ciências Farmacêuticas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3116
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Resumo: |
Nos pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI), o uso do tubo orotraqueal garante a estabilidade hemodinâmica, entretanto facilita a adesão de microrganismos nos tecidos bucais, favorencendo o desenvolvimento de pneumonias. Para o controle da formação de biofilmes torna-se essencial a higienização bucal com o uso de antisséptico. Com o propósito de previnir infeções respiratórias, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e avaliar suspensões de nanocápsulas contendo clorexidina, preparadas pelo método de deposição interfacial do polímero pré-formado, a partir do polímero Eudragit® RS 100. O método analítico por cromatografia líquida de ultra alta performance foi desenvolvido e validado para a quantificação da clorexidina presente nas nanocápsulas. As formulações apresentaram valores de eficiência de encapsulação superiores a 99%. As nanocápsulas obtidas apresentaram valor de pH de 6,8, com tamanho médio de partículas inferior a 150 nm e potencial zeta de +22,4 mV. As imagens obtidas por microscopia eletrônica de varredura revelaram formato esférico e com superfície lisa. As análises efetuadas por espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier demonstraram que não ocorreram reações químicas entre o fármaco e o polímero. Os resultados obtidos por difração de raios X e de calorimetria exploratória diferencial revelaram a ausência de cristalinidade do fármaco nas nanocápsulas carregadas, evidenciando sua característica amorfa, em comparação ao polímero e ao fármaco. As formulações apresentaram parâmetros de estabilidade aceitáveis após 60 dias de armazenamento. O sistema polimérico permitu a liberação modificada da clorexidina. A atividade antimicrobiana das nanocápsulas com clorexidina foi avaliada frente aos microrganismos Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Klebsiella pneumoniae (cepa sensível), Klebsiella pneumoniae (cepa resistente - produtora de beta-lactamase de espectro ampliado), Staphylococcus aureus e Candida albicans. Estes resultados demonstraram que a incorporação da clorexidina no sistema nanoestruturado mantém a sua atividade antibacteriana. O ensaio de toxicidade aguda com Artemia salina não revelou letalidade (CL50 de 1483,4 μg.mL–1) o que indica ausência de toxicidade. Os estudos in vitro de cultivo celular utilizando linhagens 3T3, mostraram que, nas concentrações analisadas, as formulações desenvolvidas não apresentaram potencial citotóxico. Os resultados sugerem que o uso de nanopartículas de clorexidina pode ser uma estratégia promissora na prevenção de infecções do sistema respiratório no ambiente hospitalar, necessitando estudos pré-clínicos e clínicos complementares. |