Aplicação do farelo da casca de pinhão na remoção de metais traço e corantes de amostras de água

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Castro, Egon Simão Chiquito de lattes
Orientador(a): Viana, Adriano Gonçalves lattes
Banca de defesa: Fernandes, Luciano lattes, Anjos, Vanessa Egéa dos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química Aplicada
Departamento: Departamento de Química
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2955
Resumo: A contaminação de corpos aquáticos por efluentes industriais é um problema ambiental crescente que necessita de atenção, principalmente para preservação deste bem para as próximas gerações. Dois poluentes importantes possivelmente presentes nestes efluentes são os íons metálicos e os corantes. Estes poluentes são tóxicos para várias formas de vida e não biodegradáveis, tendem a acumular-se em organismos causando várias doenças e desordens. Dessa forma a remoção destes poluentes dos efluentes industriais se mostra uma preocupação importante. Neste trabalho foi utilizado o farelo da casca de pinhão, semente da Araucária angustifólia, sem tratamento e também modificado por tratamentos encontrados na literatura para potencializar a capacidade adsortiva do material com HNO3, EDTA, NaOH e ácido cítrico. Todas as amostras foram caracterizadas físico-quimicamente por IR, raio-X, termogravimetria, FEG e EDS, nos quais os resultados obtidos foram semelhantes aos encontrados na literatura referente a celulose. Realizou-se um teste de adsorção com Cu2+, em que o farelo sem tratamento, tratado com NaOH e ácido cítrico obtiveram resultados satisfatórios. Para otimizar o processo de adsorção realizou-se um planejamento fatorial para as três melhores amostras do farelo da casca envolvendo Cu2+, Pb2+ e azul de metileno, para estudar as variáveis tempo de agitação e concentração do contaminante. Os resultados estatísticos mostram-se, de modo geral, que a concentração exerce maior influencia no processo de adsorção, principalmente em concentrações baixas, já o tempo de agitação não possui grande interferência na remoção dos contaminantes. Para determinar qual isoterma de adsorção representaria melhor o processo de adsorção, o modelo foi comparado com as isotermas de Langmuir e Freundlich, tanto para os contaminantes Cu2+ como o azul de metileno, as amostras sem tratamento como tratada com NaOH, mostram-se mais adaptada a isoterma de Langmuir. A capacidade máxima de adsorção para o íon Cu2+, a amostra de farelo da casca de pinhão tratada com NaOH é muito maior que a amostra sem tratamento, 51,81 e 8,77(mg g‐1) respectivamente, já para o corante azul de metileno, 263,16 e 108,69 (mg g‐1). Uma hipótese para que o farelo da casca de pinhão tratada com NaOH possua uma capacidade adsortiva maior que o farelo sem tratamento, é que no tratamento os grupos hidroxilas (OH-) desprotonaram grupamentos ácidos presentes na composição da biomassa do farelo da casca de pinhão, assim o farelo tratado com NaOH apresente-se mais eletronegativo comparado ao farelo sem tratamento, favorecendo assim a remoção de contaminantes que possuem carga positiva, como os metais e o corante azul de metileno. De maneira geral, as amostras de farelo da casca de pinhão mostraram-se promissoras para a remoção de íons metálicos como Cu2+ e Pb2+ e também do corante azul de metileno, entretanto mais estudos ainda são necessários para melhor elucidar este processo de adsorção.