Síntese de carbono ativado a partir do uso de resíduo gerado em estação de tratamento de esgotos domésticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santiago, Marcelo Santos lattes
Orientador(a): Dantas Neto, José lattes
Banca de defesa: Dantas Neto, José, Silva, Renato Dantas Rocha da, Silva, Francisco Wilton Miranda da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Uso Sustentável dos Recursos Naturais
Departamento: Natal - Central
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://memoria.ifrn.edu.br/handle/1044/1392
Resumo: A poluição ambiental é um fenômeno que surgiu antes da expansão e crescimento da população mundial. Atualmente, existe uma grande preocupação com a poluição dos recursos naturais. Esta contaminação tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas devido ao desenvolvimento não ter sido acompanhado por regulamentos que permitam a prevenção e controle da contaminação e por uma avaliação de impactos ambientais. Ainda ocorrem falhas nos aterros e lixões, principalmente nos lixões, mesmo havendo fiscalização. O lodo que é formado nas estações de tratamento sempre é despejado nos aterros ou lixões, e isso acarreta a produção de chorume e gases tóxicos, pois o material tem muita matéria orgânica. Nesse contexto, este estudo foi realizado com o objetivo de transformar os resíduos gerados na Estação de tratamento de Esgotos – ETE em carbono ativado e avaliar o seu potencial. Para a avaliação do potencial do material, foi utilizado o composto aromático azul de metileno. A metodologia aplicada neste estudo incluiu a síntese do carbono ativado utilizando resíduo da ETE e a caracterização do material pelo método do ponto de carga zero e determinação dos grupos ácidos. Na síntese o precursor passou por carbonização em um forno mufla. Foram utilizados dois materiais, carbono ativado 1 e 2. Após a ativação o material passou pelos testes de cinética e eficiência. Para o teste de eficiência, foi introduzido um carbono comercial (WV 1050) como comparativo com os outros dois materiais. Como resultado da caracterização, o potencial de carga zero foi de: 6,23 e 7,38, respectivamente, para os carbonos ativados 1 e para o carbono ativado 2. Para os grupos ácidos, foram testados os grupos carboxílicos, lactônicos e fenólicos para os dois materiais, e foram obtidos os resultados de 19,0%, 15,8%, 65,0% para o carbono ativado 1 e 64,8%, 35,1% e 0% para o carbono ativado 2 respectivamente. No teste cinético, o material teve um excelente comportamento, pois ambos tiveram a adsorção inicial em 20 minutos para o CA 1 e 5 minutos para o CA 2. E o material se mostrou muito eficiente, o CA 2 teve uma eficiência de 100% no pH 7, enquanto o CA 1 sua eficiência foi de 51,2% no pH 10 e o WV 1050 com 98,8% em pH 10. Esse dado mostrou que o CA 2 foi muito eficaz à frente dos dois utilizados, com isso mostrando que o lodo pode ser um ótimo precursor para ser transformado em carbono ativado.