Aplicação de biochar e impacto na qualidade física do solo e características morfofisiológicas do eucalipto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fogaça, Alisson Marcos lattes
Orientador(a): Barbosa, Eduardo Augusto Agnellos lattes
Banca de defesa: Tormena, Cássio Antonio lattes, Marchiori, Paulo Eduardo Ribeiro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Departamento de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2965
Resumo: A incorporação de biochar ao solo, cujo é proveniente da pirólise da biomassa, tem se mostrado uma alternativa sustentável de melhoria de seus atributos físicos. Também, a interação do biochar com a adubação pode resultar em efeito sinérgico da influência nos atributos físicos do solo, devido ao aumento das cargas da superfície do biochar tornando-o mais reativo. Este material carbonáceo tem o potencial de melhorar a qualidade do solo, que pode ser evidenciada pelo intervalo hídrico ótimo. Solos de melhor qualidade permitem maior aquisição de nutrientes pelas plantas, oportunizando a redução da adubação padrão utilizada em nível operacional. Então, os objetivo do presente estudo foram (i) avaliar o efeito da interação do biochar e da adubação no intervalo hídrico ótimo de um LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO cultivado com Eucalyptus urograndis, (ii) analisar as trocas gasosas foliares e a produção de madeira de Eucalyptus urograndis cultivado sob diferentes manejos de adubação e aplicação de biochar e (iii) investigar a redução de 20% da adubação padrão no cultivo do Eucalyptus urograndis com ou sem a incorporação de biochar na linha de transplantio. O experimento foi realizado em São Jerônimo da Serra, Paraná, Brasil. O solo foi classificado como LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico com A húmico. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em parcelas subdivididas, em esquema fatorial 2x3, com quatro repetições, totalizando 24 unidades experimentais. A primeira fonte de variação é a incorporação ou não de biochar na dose de 3,23 Mg ha-1 na linha de transplantio. A segunda fonte de variação é a adubação na condição padrão em nível operacional (150 g planta-1 de 04-42-06 aos 15 dias, 200 g planta-1 de 15-05-30 + 1% de B e Zn aos 90 dias e 110 g planta-1 de KCl aos 9 meses), 20% de redução da adubação padrão e ausência da adubação. Após o transplantio das mudas de Eucalyptus urograndis, foram realizadas três avaliações das trocas gasosas em 96 plantas com um analisador de gases por infravermelho aos três, seis e doze meses. O intervalo hídrico ótimo foi avaliado aos três meses do transplantio em 360 amostras indeformadas de solo. A altura, diâmetro a altura do peito e o volume das árvores foram avaliados aos dezoito meses em 96 plantas. Observou-se que aos três meses o biochar não interagiu com a adubação e não ocasionou melhoria da qualidade do solo. Não foi possível observar interação entre a incorporação de biochar e a adubação nas trocas gasosas foliares das plantas de Eucalyptus urograndis. As plantas cultivadas no solo que recebeu biochar apresentaram maior transpiração a nível foliar. Também, a redução ou ausência da adubação ocasionou maiores assimilações líquidas de carbono e transpiração, porém não houve relação lógica das trocas gasosas foliares com as variáveis morfológicas. Tanto a ausência quanto a redução da adubação em 20% resultaram em menor diâmetro a altura do peito, altura e volume das plantas em relação a adubação padrão.