Desenvolvimento, caracterização e avaliação de membranas poliméricas reticuladas contendo mucilagem de Ocotea puberula (Rich.) Ness (canela-guaicá) no tratamento de feridas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Arcaro, Guilherme lattes
Orientador(a): Farago, Paulo Vitor lattes
Banca de defesa: Campesatto, Eliane Aparecida lattes, Minozzo, Bruno Rodrigo lattes, Pires, Sandra Maria Bastos lattes, Budel, Jane Manfron lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
Departamento: Departamento de Ciências Farmacêuticas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3881
Resumo: Introdução: As feridas e lesões de pele são um desafio para os profissionais de saúde, que buscam dia-a-dia novas alternativas para o tratamento dessas afecções. O uso popular de plantas denota a antiguidade e a utilização de fitoterápicos vem crescendo vertiginosamente em pesquisas, assim como a procura por associações, como utilização de biopolímeros com propriedades de adesividade, liberação controlada e proteção ao leito da ferida. Objetivo: Desenvolver, caracterizar e avaliar a eficácia da aplicação de membranas reticuladas com mucilagem de Ocotea puberula na cicatrização de feridas. Método: Obtenção do extrato hidroalcoólico das cascas de O. puberula (EHOP), formulação de membranas reticuladas de carboximetilcelulose (CMC) ou acetato de polivinila (PVA) com EHOP; avaliação de interação dos biopolímeros com o EHOP por Espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), ensaios de tração e esterilidade, testes in vivo de cicatrização por modelo experimental em ratos, avaliação histológica de fragmentos das lesões após 7, 14 e 21 dias de tratamento e ensaios bioquímicos de nefro e hepatotoxicidade. Resultados: Foi observada a formação de membranas transparentes, maleáveis e estáveis para aplicação em lesões, onde as membranas de CMC acrescidas do EHOP potencializaram suas propriedades mecânicas, em comparação ao PVA com mesmo extrato. As membranas de CMC obtiveram melhor índice de cicatrização das lesões nos ensaios animais, assim como angiogênese e colagênese. Ambas as formulações demostraram segurança quanto à hepato e nefrotoxicidade na aplicação tópica. Conclusão: A utilização de membranas reticuladas de CMC com EHOP demonstraram uma opção promissora no tratamento de lesões exsudativas, vislumbrando uma nova estratégia de manejo de feridas na prática assistencial.