Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Campos, Rafaela Faber de
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Orientador(a): |
Arrúa, Maria Elena Payret
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Banca de defesa: |
Souza, Natali Maidl,
Antunes, Sandra Regina Masetto |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Bioenergia
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Departamento: |
Setor de Ciências Agrárias e Tecnologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2575
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Resumo: |
A biomassa sempre foi uma fonte de energia utilizada pelo homem, antes mesmo da utilização de petróleo e gás natural. Porém nos últimos anos com a necessidade de mitigação das mudanças climáticas e, com o aumento da demanda mundial por energias alternativas, além da energia solar, eólica e hidrelétrica, uma delas é a utilização de biomassa vegetal. Este tipo de energia representa 10% do fornecimento mundial. A maior parte desta biomassa ainda é proveniente de florestas nativas, chamada de “biomassa tradicional”, causando impacto, de certa forma, ao meio ambiente. Entretanto, a utilização do bambu como biomassa para geração de energia torna-se uma alternativa sustentável e interessante, pois dentre suas várias características, destaca-se sua facilidade de propagação. Desta forma, o objetivo, do presente trabalho foi avaliar o potencial energético de quatro espécies de bambu, in natura e em forma de carvão. As espécies selecionadas foram Phyllostachys aurea A. C. Rivière (bambu dourado), Chusquea gracilis McClure & Smith (criciúma), Chusquea mimosa McClure & Smith (caratuva) e Merostachys multiramea Hackel (taquara lixa), do município de São Mateus do Sul, PR. As espécies de bambu foram avaliadas quanto ao teor de umidade, massa específica, composição química imediata, rendimento gravimétrico em carvão e ao poder calorífico superior. A espécie Phyllostachys aurea in natura apresentou poder calorífico superior de 18,91 MJ kg-1 e teor de cinzas de 0,49%. O carvão, 25,05 MJ kg-1 e 1,24%, respectivamente. Os valores de teor de cinzas para as biomassas in natura das espécies Merostachys multiramea, Chusquea gracilis e Chusquea mimosa, foram de 3,95%, 2,76% e 4,90% e, carbonizadas ficaram com valor de 5,43%, 6,43% e 7,93%, respectivamente. O poder calorifico superior da espécie C. mimosa foi de 25,55 MJ kg-1, mas devido a grande geração de cinzas após queima e massa específica de 0,20 g cm-3 in natura e de 0,10 g cm-3 do carvão, talvez sejam características mais interessantes para utilização como carvão ativado. A massa específica do Phyllostachys aurea foi de 0,63 g cm-3 in natura e 0,41 g cm-3, carbonizada. O alto teor de cinzas das espécies pode estar relacionado aos teores de constituintes minerais presentes no vegetal. Apesar disso, todas as espécies apresentaram características favoráveis para a utilização com fins energéticos, mas a espécie Phyllostachys aurea foi a que se apresentou mais semelhante às características apresentadas pela madeira de eucalipto, comumente utilizada para este fim. |