Os jornais paranaenses e a (in)visibilidade do negro e da sua educação (1853-1889)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Rosiane Machado da lattes
Orientador(a): Nascimento, Maria Isabel Moura lattes
Banca de defesa: Campos, Nevio de, Oliveira, Rita de Cassia da Silva, Machado, Maria Cristina Gomes, Orso, Paulino José
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Departamento de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2422
Resumo: Esta tese apresenta um estudo sobre a educação dos negros retratada nos jornais paranaenses no período de 1853 a 1889, as influências dos preceitos do liberalismo econômico de John Locke nos posicionamentos políticos, econômicos e educacionais no Brasil e de modo singular no Paraná. A escolha por este período de análise se justifica pelos importantes acontecimentos políticos ocorridos, como a emancipação Política do Paraná em 1853 e a busca por indícios sobre o negro e a educação que circulavam nos jornais nesta época. Outro aspecto a ser destacado foi as importantes leis abolicionistas que ocorreram, como: a Lei do Ventre Livre em 1871, Lei dos Sexagenários em 1885 e, em 1888, a Lei Áurea; ainda, os primeiros passos da educação no Brasil republicano em 1889. As discussões realizadas no Grupo de Estudos e Pesquisas História, Sociedade e Educação dos Campos Gerais no Paraná HISTEDBR- Campos Gerais, também colaboraram pela escolha deste estudo. A metodologia adotada foi o materialismo histórico que tem como referência os preceitos da teoria marxista. Nesse sentido, elencamos como categoria para análise do objeto de estudo: contradição, ideologia, luta de classe e totalidade; por entendermos que a compreensão dos fatos não se dá de modo isolado ou dissociado das condições reais e materiais que o cercam. Para a seleção das fontes primárias, partimos da catalogação realizada pela historiadora Marcia Elisa de Campos Graf, dos jornais existentes nas cidades mais antigas do Paraná no período analisado (1853-1889), como: Paranaguá, Lapa, Castro, Curitiba, Campo Largo, Antonina e Morretes. A localização dos exemplares dos periódicos em condições de pesquisas foram encontrados em diferentes arquivos, como na Sessão de Obras Raras da Biblioteca Nacional, na Biblioteca Nacional Digital, na Coleção Osvaldo Pilotto, no Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá, e no Instituto Neo- Pitagórico. Para melhor compreensão do assunto, a tese foi estruturada em três capítulos. No primeiro capítulo, analisamos os aspectos políticos e econômicos retratados na imprensa brasileira e paranaense sob a égide do liberalismo. No segundo capítulo, tratamos das condições do homem negro e do trabalho escravo e livre no Brasil e, de modo particular no Paraná, registrado pela imprensa. No terceiro capítulo, abordamos as impressões presentes nos jornais paranaenses, sobre a educação para o negro de cunho preconceituoso, discriminatório e segregacionista, permeados pelos preceitos liberais. Nas considerações finais, tecemos as impressões que foram sendo construídas no estudo, e defendemos a tese que apontou para a (in)visibilidade do negro nos jornais paranaenses com relação ao seu trabalho e a educação.