Formação continuada do coordenador pedagógico da Rede Municipal de Ensino de Ponta Grossa (1990-2018): movimentos, possibilidades e limites

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gaio, Victoria Mottin lattes
Orientador(a): Cartaxo, Simone Regina Manosso lattes, Romanouski
Banca de defesa: Romanouski, Joana Paulin, Fontana, Maria Iolanda, Tozetto, Susana Soares
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Departamento de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2602
Resumo: O objeto de estudo desta pesquisa é a formação continuada do coordenador pedagógico. Tem como objetivo desvelar como vem se constituindo a formação continuada para o coordenador pedagógico da Rede Municipal de Ensino de Ponta Grossa, Paraná e como objetivos decorrentes identificar o movimento realizado para a formação continuada do coordenador pedagógico e analisar as possibilidades e os limites da formação continuada para a realização do trabalho pedagógico. Parte-se de questões emergentes da prática, ao se considerar a complexidade do trabalho do coordenador pedagógico e a necessidade de formação continuada. O eixo epistemológico que norteia a pesquisa é a teoria como expressão da prática (MARTINS, 1998) e os conceitos de produção e distribuição do conhecimento, discutidos por Santos (1984), questionando-se se a formação tem como ponto de partida a prática dos coordenadores e se ela se define no campo da produção ou distribuição do conhecimento. A pesquisa é de natureza qualitativa e a coleta de dados contou com a utilização de documentos e entrevista semiestruturada. Os sujeitos de pesquisa são 10 coordenadores pedagógicos que atuam nas escolas e 8 profissionais da educação, sendo eles formadores e sujeitos que fizeram parte da Secretaria Municipal de Educação. Autores como Pinto (2011), Kuenzer (2007), Placco (2012), Orsolon (2002) e outros foram utilizados para embasar a formação inicial e o papel do coordenador pedagógico; e para fundamentar o conceito de formação continuada, Camilo Cunha (2015), Marcelo (1999), Mizukami et al. (2002), Nóvoa (1995), Demailly (1995), Formosinho (2009), Imbernón (2011), com destaque a Martins (2006), que define, de acordo com o eixo epistemológico da teoria como expressão da prática, quatro momentos para a formação continuada, iniciando com a descrição da prática no plano empírico; a explicação da prática mediatizada pelas tendências da educação; a compreensão da prática pedagógica no nível da totalidade; e a elaboração coletiva de propostas alternativas. Os resultados apontam o movimento da formação continuada relacionado aos acontecimentos de âmbito nacional e às perspectivas presentes, e que a concepção da formação reflete no trabalho do coordenador pedagógico. Identificaram-se as possibilidades e os limites referentes à formação para o coordenador pedagógico iniciante na função; para a definição do papel do coordenador para atuar como formador no interior da escola; nas diferentes áreas do conhecimento; para a troca de experiência; para a realização do planejamento; para resultados; e, por fim, para as necessidades da escola. Identificou-se que as formações não privilegiam a produção e sistematização do conhecimento, mas estão voltadas a interesses particulares de sujeitos que pensam para a escola e não com a escola.