ASSENTAMENTO SERAFIM: MEMÓRIAS DE MIGRANTES E A LUTA PELA TERRA NO SUL DO MARANHÃO NO PERÍODO DE 1950 A 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Ronísia Mara Moura lattes
Orientador(a): Laverdi, Robson lattes
Banca de defesa: Schreiner, Davi Felix, Petuba, Rosangela Maria Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Departamento de História
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2406
Resumo: Este trabalho investiga as lutas pela posse de terra no estado do Maranhão, especificamente na região Sul maranhense, no município de Estreito-MA. Foi protagonizada por trabalhadores rurais migrantes de várias localidades deste estado, que ocuparam a área da Fazenda Serafim, decorrendo na formação do acampamento/Assentamento Serafim, na década de 1980, resultante das trajetórias de itinerâncias, motivadas pelo intuito de alcançarem melhores condições de vida. Portanto, objetiva-se compreender, por meio das memórias e experiências dos trabalhadores, as dimensões da luta pela terra, de forma a entender como eles atribuem significados as suas atuações nesse processo histórico da luta camponesa e de que forma o protagonismo desses sujeitos transformou a realidade regional. O Sul do Maranhão apresenta, do ponto de vista do relevo, aspectos bastante definidos, como a predominância de chapadas, cuja vegetação original é o cerrado. Também a presença de rios que servem de limites entre estados e cidades com uma vinculação forte com o espaço rural. Compreender as práticas que envolvem grupos sociais que reivindicam a posse pela terra no Sul do estado é percorrer uma estrada tortuosa, com várias pegadas e obstáculos. É trilhar o caminho de um passado cheio de fragmentos. Os conflitos que ocorreram nesse espaço foram resultantes de disputas pela apropriação das terras devolutas, sendo marcados não somente pela violência física como também simbólica. Os sujeitos que formaram o acampamento/assentamento Serafim têm forte vínculo com o espaço rural, seja porque residiram, trabalharam ou porque tiveram como base familiar as origens e a identidade com a terra. As gerações aí presentes vêm reelaborando seus modos de vida, suas práticas, perspectivas, mas acima de tudo construindo representações que são resultantes de experiências e da própria pertença ao lugar. Esses, por sua vez, habitam o espaço rural, reelaborando significações por meio da forma como construíram o lugar, privilegiando modos de vida e trabalho.