Paleocomunidades e Paleoambientes do Devoniano da Bacia do Paraná, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pereira, Iniwara Kurovski lattes
Orientador(a): Bosetti, Elvio lattes
Banca de defesa: Comniskey, Jeanninny Carla lattes, Zabini, Carolina lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Gestão do Território
Departamento: Departamento de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4030
Resumo: A sucessão sedimentar devoniana da Bacia do Paraná apresenta fauna endêmica de organismos invertebrados marinhos bentônicos constituintes de associações de braquiópodes, artrópodes, moluscos, cnidários, equinodermos e anelídeos. Esses agrupamentos paleoecológicos foram propostos por Arthur James Boucot, em 1971, sendo subdivididos em quatro paleocomunidades: Lingula, Notichonetes, Eocoelia e Australospirifer. Contudo, como investigações tafonômicas eram raras na época, alguns agrupamentos fósseis que foram deslocados de seu hábitat original ou tiveram a reorientação do seu posicionamento foram interpretados equivocamente como constituintes das palecomunidades. Logo, muito do que foi entendido como parte das paleocomunidades, pode se tratar de materiais que sofreram transporte, assim como, a presença de espécies não coevas no tempo apontando para uma mistura temporal (i.e., time-averaged paleocommunity). Nessa perspectiva objetivou-se, portanto, analisar as associações ecológicas propostas por Boucot sob uma óptica tafonômica, permitindo inferir se os agrupamentos presentes nos afloramentos devonianos podem ser considerados representantes das paleocomunidades, além de inferir seus devidos paleoambientes. Para isso, analisou-se uma extensa bibliografia em conjunto com observações paleobiogeográficas e bioestratigráficas. Ao fim, obteve-se três palecomunidades (Lingulídeos Infaunais, Australospirifer e Pleurochonetes + Australocoelia) distintas em posicionamento e organização das propostas anteriormente por Boucot. Elas foram distribuídas entre o shoreface e o offshore transicional. Somado a isso, foram caracterizadas suas devidas guildas tróficas (Suspensívoros, Detritívoros, Herbívoros e Carnívoros) e grupos funcionais (Escavadores, Filtradores, Decompositores, Predadores e Pastadores) responsáveis pela manutenção do ambiente. A partir desse trabalho pode-se ampliar os conhecimentos paleoecológicos de invertebrados marinhos bentônicos assim chegando a uma análise paleoecológica extensa da fauna componente da Biorregião Malvinoxhosan pertencente a Bacia do Paraná.