Deus, Corpo e Poesia em Adélia Prado: traços de uma poética de religação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Araújo, Zuila Kelly da Costa Couto Fernandes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Literatura e Estudos Interculturais
BR
UEPB
Mestrado em Literatura e Interculturalidade - MLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/1756
Resumo: A produção literária da escritora mineira Adélia Prado tem se circunscrito no âmbito da literatura nacional como um símbolo da confluência das experiências de transcendência que se manifestam tanto no fazer literário, quanto no ritual religioso. Os textos adelianos são dotados de profunda representação das experiências com o sagrado, partindo-se de uma forte influência do catolicismo, porém, extrapolando os limites deste e instituindo uma nova visão a respeito da relação com o numinoso. O aspecto teológico percebido em sua poética estabelece uma corporeidade ao espírito, que se coloca como alternativa de transcendência. Partindo de tais pressupostos, esta pesquisa, de natureza qualitativa e bibliográfica, analisa as relações entre poesia e religião nos poemas que compõem o livro Oráculos de maio refletindo sobre as representações de deus, do corpo e da poesia, e como esta relação se dá no plano estético. A análise dos poemas busca demonstrar a representação do sagrado através do que chamaremos de uma poética de religação, construída pela autora e que configura metaforicamente uma perspectiva heterodoxa da religião cirstã. Para tanto, optou-se por trabalhar com um constructo teórico que colabora com esta discussão no sentido de dialogar com a perspectiva abrangente que adotamos em relação à literatura e ao sagrado, neste sentido foram significativas as contribuições de Otto (2007), Eliade (2010), Magalhães (2009), dentre outros.