Desigualdades digitais e desigualdades estruturais: um estudo no contexto do desenvolvimento no semiárido brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Milena Barros Marques dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Ciências Sociais e Aplicadas - CCSA
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - PPGDR
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3678
Resumo: O desenvolvimento das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) e sua apropriação assimétrica evidenciaram um novo tipo de desigualdade na Sociedade em Rede, a desigualdade digital. Embora haja um discurso, principalmente dos organismos internacionais, sobre o potencial convergente das TICs para reduzir desigualdades e pobreza, na prática, a dinâmica social funciona em sentido oposto. No mundo, apenas pouco mais da metade da população (51,2%) está conectada. No Brasil, quase 70%, porém, não homogeneamente distribuídos nos territórios. A falta de acesso à Internet é a face mais visível da desigualdade digital, embora não seja a única. Este trabalho expõe os resultados de uma investigação sobre a desigualdade digital no âmbito das desigualdades estruturais no Brasil, sobretudo no Semiárido brasileiro. O objetivo é comprender como essas desigualdades se evidenciam no território e se há singularidades em sua manifestação. A metodologia utilizada foi do tipo descritivo-analítica, com abordagem quanti-qualitativa. Para a coleta de informações realizou-se pesquisa bibliográfica, documental e estatística em bancos de dados nacionais e internacionais, físicos e virtuais. Partiu-se de panorama global para chegar à análise local de 94 municípios dos estados que integram o Semiárido brasileiro. Os achados sugerem a confirmação da principal hipótese do trabalho: a desigualdade digital é um fenômeno indissociado das desigualdades estruturais e segue seu padrão de reprodução nos territórios, revelando-se não como um fenômeno isolado e novo, mas como uma das faces da desigualdade. As consequências mais severas recaem sobre a parcela da população já marginalizada em relação a outros bens e serviços, agravando as vulnerabilidades e mazelas a que está submetida.