ANTROPOFANIAS NA OBRA DE CLARICE LISPECTOR: PERCURSO TEO-POÉTICO-FILOSÓFICO EM A MAÇÃ NO ESCURO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Dantas, Nilvanda Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Educação, Linguagem e Cultura; Políticas Sociais
BR
UEPB
Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Sociedade
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/1722
Resumo: Este trabalho parte da compreensão de que a obra literária se estabelece como prática cultural e que se constitui incorporando estratos textuais e discursivos das mais variadas procedências, captados do ambiente sociocultural, engendrando complexo tecido a partir do qual se podem perspectivar múltiplas relações intertextuais, interdiscursivas e interdisciplinares. Apresenta a literatura como um âmbito de possibilidades discursivas, complexo plurissignificativo e como lugar através do qual se manifestam diferentes formas de existência humana. Apresenta também algumas possibilidades de leitura já produzidas da obra de Lispector, ressaltando nelas a riqueza hermenêutica do vivido humano. Finalmente, apresenta uma análise teológica da obra A Maçã no Escuro de Clarice Lispector. Estratos de textos dos primeiros capítulos do livro de Gênesis são colocados em diálogo com estratos textuais da obra de Lispector. Apoiando-se em concepções de Bakhitin e Maingueneau sobre discursividade, na hermenêutica de Ricoeur e na teologia existencial de Kierkegaard, o trabalho apresenta discussão sobre a construção do humano ficcionalizado no personagem Martim e seu processo de reflexão, seguindo percurso temático que vai Da inocência à queda e Da queda à libertação. O estudo conclui que na obra de Lispector o conceito de queda como decadência do ser transmuda-se, dialeticamente, em salto, consciência de si, libertação.