Liquens associados à alimentação de Constrictotermes cyphergaster (Silvestre, 1901) (Isoptera, Termitidae) no semiárido brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Ana Márcia Barbosa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Ecologia e Conservação
BR
UEPB
Mestrado em Ecologia e Conservação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2048
Resumo: O estudo investigou a ingestão de liquens por Constrictotermes cyphergaster, identificando a riqueza liquênica explorada e os ácidos produzidos pelos liquens ingeridos, observando a ocorrência de diferenças sazonais na ecologia alimentar desses insetos no semiárido paraibano. As atividades de forrageio dos cupins foram monitoradas a partir de cinco ninhos, no intervalo das 18 às 06h, durante dez dias consecutivos em período de seca e chuva. Operários raspando liquens foram coletados para análise do conteúdo alimentar. Os liquens explorados foram coletados, e juntamente com o substrato do papo foram submetidos à análise de cromatografia em camada delgada (CCD). Identificaram-se 29 espécies de liquens associadas à alimentação dos cupins. As análises de CCD revelaram oito compostos secundários liquênicos. Os ácidos atranorina, úsnico, divaricático, norstíctico, parietina, estictico, tamnolico e didimico foram registrados no conteúdo alimentar do papo dos cupins, bem como estruturas liquênicas como esporos, hifas e células algais. Houve diferença sazonal quanto a produção dos ácidos para algumas espécies. Além de o consumo dos liquens poder favorecer nutricionalmente os cupins como uma fonte enegética complementar à sua dieta, os ácidos liquenicos, possuidores de atividades antimicrobianas, podem atuar sobre a comunidade simbiótica do intestino dos cupins, agindo como controladores populacionais, podendo ainda atuarem como facilitadores na quebra da lignocelulose da dieta dos cupins.