O gênero discursivo "artigo de opinião" no livro didático: articulando o estudo gramatical à produção de texto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Firmino, Eduardo de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Humanidades - CH
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação Profissional em Letras - PROFLETRAS
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3370
Resumo: Envolvido em polêmicas, o ensino de gramática, principalmente nas escolas públicas, encontra-se dividido entre a postura tradicional de ensino e tendências reflexivas, contextualizadas, aplicadas aos textos, entre outras mais. Em meio a essa crise metodológica, parece haver um consenso: o ensino de nomenclaturas deve voltar-se para a leitura e produção de textos, conforme orientações dos PCN (BRASIL, 1998), documento de base interacionista. E nas escolas, os livros didáticos tentam seguir essas recomendações oficiais – o ensino de gramática, voltada para a leitura e produção de texto nem sempre com sucesso. Neste prisma, objetivou-se analisar as propostas de ensino de gramática normativa voltada para a produção do gênero discursivo artigo de opinião, apresentado pelo livro didático Singular e Plural, 9° ano do Fundamental II e propor atividades didáticas que nesse sentido, ampliassem e/ou complementassem tais propostas. Como base teórica a perspectiva sociointeracionista da linguagem, adotada pelos PCN (1998) em que os gêneros discursivos, respectivamente de Bronckart (1999) e Bakhtin, (1986) passam a funcionar como objeto de ensino da Língua Portuguesa. Além das contribuições de Antunes (2014), Bezerra e Reinaldo (2013), Bortoni-Ricardo (2005), Neves (2012), Vieira e Brandão (2016), Bagno (2013) dentre outros pesquisadores. Com relação à metodologia empregada adotou-se a pesquisa quanti-qualitativa apoiada pelas abordagens bibliográfica, pesquisa-ação, documental e interpretativo/descritivista. Os resultados apontaram alguns avanços, no que diz respeito ao ensino da terminologia gramatical voltada para a construção dos gêneros textuais. Mas ainda é perceptível o uso tradicional de tal terminologia, no livro didático analisado, no que diz respeito à produção dos gêneros em sala de aula. Evidenciando assim, certo distanciamento entre os conteúdos gramaticais e a produção textual e, entre as orientações dos PCN e a BNCC, e o ensino-aprendizagem efetivado na aula de Língua Portuguesa. Assim, buscou-se um ensino de LP mais voltado para o contexto discursivo, para dessa forma, ampliar as possibilidades linguísticas do LD e da aula de língua materna.