Educação Física e currículo: possibilidades de (re)significação da cultura corporal do povo originário Potiguara - PB

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, André Luís de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação Profissional em Formação de Professores - PPGPFP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3540
Resumo: Este estudo tem como objeto de pesquisa o currículo da Educação Física na educação indígena. Os povos originários sempre lutaram pelo direito à terra e por uma educação diferenciada, que absorvesse sua cultura e seus conhecimentos. Atualmente, existem diversos documentos oficiais que regem a Educação indígena no Brasil. Neste sentido, o objetivo geral do referido estudo é oferecer possibilidades metodológicas para a (re)significação da cultura corporal indígena no cotidiano escolar da Educação Física. É perceptível a necessidade de oferecer não apenas os conteúdos do currículo oficial, como também conhecimentos da cultural local, como meio de fortalecer as origens étnicas do Povo Indígena. Assim, a Educação Física deve se tornar protagonista desta relação e não apenas obedecer a um currículo da cultura hegemônica. O estudo consta de uma pesquisa qualitativa com uma abordagem etnográfica, que busca compreender o pensamento dos Potiguara acerca de sua cultura e tradição e como esta relação se insere nas aulas de Educação Física. Para tanto, utilizam-se como instrumentos de coleta de dados a observação participante, a entrevista etnográfica, o questionário e a captura de imagens em gravações de vídeos e fotografias. O lócus da pesquisa situa-se na Escola Estadual Cacique Iniguaçú, situada nas Terras Indígenas (TIs) Potiguara, no Munícipio de Marcação, litoral norte da Paraíba. Como arcabouço teórico apresenta os conceitos de experiência histórica, formulados por Thompson (1981; 2001; 2002), e de história material, de Benjamin (1985); os olhares de Goodson (2013a; 2013b) e Silva (2006; 2015) sobre currículo; traça uma discussão a respeito da cultura, a partir de Thompson (1998), dialogando com a concepção de decolonialidade trazida pelos autores Lander (2005; 2006), Mignolo (2002), Quijano (2005) e Walsh (2008; 2009; 2014), contextualizando a interculturalidade crítica apresentada por Candau (2011; 2016a; 2016b); apresenta a cultura corporal com base nos estudos de Neira e Nunes (2009; 2014); além de refletir sobre o corpo como instrumento de sensibilidade e produtor de história sob a ótica de Fontes (2011), Soares (2011) Taborda de Oliveira e Vaz (2004). Como produto, oferece uma sequência didática interativa como metodologia possível para o trabalho pedagógico com a cultural corporal, utilizando como referência Oliveira (2013). Provocar o acesso a um currículo que instigue metodologias que evidenciem a cultura corporal do Povo Potiguara, fazendo com que se obtenha a (re)significação do patrimônio histórico cultural deste povo, torna-se a premissa mais relevante desta pesquisa.