Obtenção e caracterização de micropartículas utilizando goma de cajueiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Danielle Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Ciências Farmacêuticas
BR
UEPB
Mestrado em Ciências Farmacêuticas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2080
Resumo: Os biopolímeros têm sido cada vez mais empregados na produção de diversas formas farmacêuticas, conferindo ao princípio ativo a proteção do meio externo ou permitindo um controle de sua liberação, possibilitando também sua vetorização. Para tal, micropartículas produzidas a partir de biopolímeros têm sido amplamente utilizadas na área farmacêutica para encapsulação de fármacos. Em virtude deste panorama o foco deste trabalho foi desenvolver um sistema microparticulado utilizando a goma de cajueiro como polímero (Anacardium occidentale L.). O polissacarídeo foi obtido através da extração e purificação de exsudatos do caule do cajueiro. A caracterização da goma de cajueiro (GC) (pó) foi feita por análise das propriedades reológicas, técnicas analíticas (microscopia óptica e de varredura, análise térmica, difração de raios X, espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier, teor de umidade e cinzas) e rendimento. Micropartículas da goma de cajueiro foram obtidas por reticulação polimérica interfacial, e caracterizadas quanto ao seu aspecto visual, microscópico, técnicas analíticas (TG, DSC e FTIR) e resistência a variações do pH. O estudo das propriedades de fluxo da GC seca permitiu caracterizar o biopolímero como um material de baixa densidade e de fluxo livre, sendo de fácil obtenção, extração, purificação e sem gerar resíduos para o meio ambiente. A difração de raios-x mostrou que a GC é um polímero predominantemente amorfo. A técnica de reticulação polimérica interfacial (RPI) tornou a GC insolúvel em água o que torna este biopolímero, promissor na obtenção de micropartículas. Além disso, as micropartículas apresentaram uma boa estabilidade térmica e apresentou sensibilidade ao pH levemente alcalino ideal para veicular fármacos colónespecíficos. Portanto, a GC extraída pode ser futuramente usada como aglutinante para fabricação de novos sistemas de liberação de fármacos (NSLF). As micropartículas mostraram interessantes propriedades físico-químicas que sugerem a possibilidade de sua futura aplicação no desenvolvimento de NSLF.