Risco biológico na atividade policial: uma investigação da realidade enfrentada pelos policiais civis da Paraíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bortoluzi, Eugênio Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4060
Resumo: A saúde do trabalhador abrange um conjunto de práticas interdisciplinares, ramificando-se em áreas como o direito, o meio ambiente, a saúde, entre outras. O risco profissional do tipo biológico é geralmente um fator bem estudado para os trabalhadores da área da saúde, contudo, bastante negligenciado para outras categorias, a exemplo dos policiais. Este trabalho teve por objetivo investigar as ocorrências de exposições acidentais de policiais civis a agentes de contaminação biológica. Foi realizada uma pesquisa epidemiológica com abordagem indutiva, quantitativa, observacional, analítica e de desenho transversal. Quanto aos meios, utilizaram-se dados primários obtidos através da aplicação de questionários estruturados. O universo da pesquisa compreendeu os policiais civis com lotação no Estado da Paraíba, e foi obtida uma amostra de 230 participantes. A pesquisa ocorreu entre os meses de dezembro de 2018 e fevereiro de 2019 nas delegacias do Estado. Os dados obtidos foram inseridos e analisados em um software proprietário chamado Ukuma desenvolvido durante a presente pesquisa. Foram utilizados testes de correlação do qui-quadrado e ponto-bisserial. Observou-se que 52,2% (n=120) dos policiais entrevistados afirmaram já ter sofrido algum acidente de trabalho do tipo biológico no exercício profissional. Destes, 70% relataram ter sofrido acidentes mais de uma vez. O tipo autorreportado mais frequente foi o contato desacautelado com fungos (92,5%). 46,7% dos relatos envolveu rompimento de pele, relação desprotegida com pele não-íntegra ou com mucosa. Quase metade dos participantes da pesquisa (46,5%) narrou contato com sangue ou com algum fluido biológico que o continha. Mão e punho foram as regiões do corpo mais envolvidas em acidentes autodeclarados. Através dos dados obtidos concluímos que há uma prevalência elevada de exposições acidentais entre os policiais civis do Estado da Paraíba e que não há relação estatística significativa entre essas ocorrências e qualquer atributo do perfil socioprofissional dos indivíduos entrevistados.