Do trágico moderno e regional em Os Mal-Amados, de Lourdes Ramalho
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3564 |
Resumo: | Considerando que a dramaturgia de Maria de Lourdes Nunes Ramalho formaliza temas voltados à discussão em torno da condição feminina, centralizados no binômio honra/vergonha, enquanto engrenagens do trágico moderno ambientado em espaços marcados pela regionalidade nordestina, empreendemos a análise-interpretação da ocorrência do que identificamos como a tessitura de uma visão de mundo trágico-regional na peça Os mal-amados (1977). Para tanto, nesta pesquisa, o texto ramalhiano está sendo identificado como regional em vista da maneira como certos temas e modos de ler/formar o Nordeste estão inseridos em uma estrutura de sentimento eminentemente trágica. A fim de respaldar tal discussão, utilizamos a chave metodológica cunhada por Raymond Williams, em que o conteúdo da experiência da autora se formaliza através de convenções voltadas à representação do trágico e da regionalidade. Desse modo, observamos que as representações estéticas do Sertão nordestino carregam marcas de uma estrutura residual do patriarcado, mas que, ao passo que ocorre a tentativa de subversão pelas ações das personagens femininas, há o acionamento de situações trágicas, o que conduziu à leitura da peça a partir das características do drama-moderno, pois ela apresenta contradições no plano da forma/conteúdo que dialogam com o modo de sentir e de formar próprio do que chamamos de trágico-regional, evidenciando, portanto, a possibilidade de sua construção na modernidade. |