O Sul global e a política externa de Lula da Silva (2003- 2010) para as questões agrícolas na rodada Doha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rodrigues, Larissa Maria Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas - CCBSA
Brasil
UEPB
Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais - PPGRI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3734
Resumo: Esta pesquisa tem o objetivo de analisar se o conceito de Sul Global influencia a política externa do Brasil nas negociações agrícolas da Rodada Doha, durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). A explanação é dividida em três capítulos. O primeiro capítulo discorre sobre o conceito de Sul Global e as características que podem ser comuns a esses países. O segundo capítulo descreve os principais acontecimentos das negociações sobre comércio internacional agrícola da Rodada Doha, mostrando os entraves mais sensíveis entre os países do Norte e do Sul. O terceiro capítulo expõe a política externa brasileira do Governo Lula para as negociações agrícolas da Rodada Doha. A metodologia deste trabalho é a revisão de literatura e a análise documental. Verificou-se que o conceito de Sul Global, por não ser suficientemente bem delimitado e por representar um grupo heterogêneo de países, não permite estabelecer o que é uma atitude típica dos seus membros, ou quais são os seus interesses. Sendo assim, não é possível dizer que o Brasil agiu movido pelos interesses do Sul Global. Observou-se que o discurso brasileiro usa o conceito de Sul Global para justificar algumas de suas atitudes, mostrando-se como um ator em defesa dos interesses desse grupo de países. No entanto, o que parece se verificar é que a ação do Brasil é movida pelos interesses comerciais liberalizantes do agronegócio brasileiro. O conceito de Sul Global, portanto, aparentemente, serve como um recurso discursivo estratégico para o Brasil em negociações internacionais.