Loucura, vislumbre e resistência em contos da literatura estadunidense: Gilman, Chopin e Hurston
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3722 |
Resumo: | O presente trabalho apresenta uma leitura dos contos The Yellow Wallpaper (1892), de Charlotte Perkins Gilman, The Story of an Hour (1894), de Kate Chopin, e Sweat (1926), de Zora Neale Hurston. Centramos nosso estudo nas relações de poder entre marido e mulher presente nas três obras e as suas mais distintas imbricações na vida das protagonistas. Inicialmente, nos dois primeiros contos, ambas as personagens principais não lidam com um tipo de opressão que pode gerar revolta dos maridos no contexto social da época em que as narrativas se passam. Elas não são violentadas fisicamente, e seus companheiros arcam com os papéis considerados essenciais para um marido: provedor e protetor. Não obstante, elas se sentem oprimidas, visto que a realidade do matrimônio que enfrentam cerceiam as suas possibilidades de vida, reduzindo-as à domesticidade. Já no último conto, lidamos com recortes bem mais pungentes: raça e classe. Se nos primeiros textos o casamento se apresenta enquanto problema, devido - entre outros fatores - ao ócio, neste conto vemos que o trabalho é posto para a protagonista, uma mulher negra e pobre, enquanto obrigação, enquanto a sua única alternativa de sobrevivência. Assim ela é obrigada a lidar com um marido que não somente não a apoia devido à sua profissão e não a ajuda no sustento do seu lar, como também tende a violentá-la fisicamente e patrimonialmente, fator este que as outras protagonistas brancas e de classe média sequer consideram lidar. Neste sentido, buscaremos evidenciar como as mulheres das narrativas supracitadas são prejudicadas por opressões sistemáticas em relação a questões de sexo, raça e classe, e, para tal, usaremos como aporte teórico-metodológico as contribuições de Treichler (1984), Wisnieswki (2012), Butler (2016), Collins (2016), Davis (2016) e hooks (2019). |