A GRAFIA EM PLACAS E LETREIROS: UMA DESCRIÇÃO DE PORTUGUÊS POPULAR ESCRITO CONTEMPORÂNEO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Vale, Alfredina Rosa Oliveira do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Educação, Linguagem e Cultura; Políticas Sociais
BR
UEPB
Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Sociedade
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2007
Resumo: Esta pesquisa, sob a perspectiva da produção textual, procura descrever os desvios como agentes determinadores de mudanças lingüísticas. Estes, localizados em porta-textos (o veículo condutor das mensagens coletadas), estão afixados em locais públicos de Campina Grande (PB). Identificar, a partir das incidências dos desvios, as possibilidades de mudanças no sistema ortográfico brasileiro, que poderão vir a ocorrer a médio e/ou longo prazo, é a meta principal deste trabalho. Para tal, apoiamo-nos em dois momentos teóricos: o primeiro, um estudo diacrônico, do Século XIII ao Século XX, distribuído em seis volumes HAUY, PAIVA, SPINA, MOREL PINTO, MARTINS e PIMENTEL PINTO intitulados História da Língua Portuguesa. O segundo, um estudo sincrônico, teve como ponto de partida duas obras de PIMENTEL PINTO: A Língua escrita no Brasil (1986) e O português popular escrito (1990). E, como ponto de chegada, a obra de BAGNO, intitulada Preconceito lingüístico (1999). Constatados os desvios (345 ocorrências), selecionados e categorizados, iniciamos a análise dividida em dois momentos: o desmembramento dos diacríticos e o exame das evidências (orto)gráficas em processo. Concluída a análise, foi feito um levantamento quantitativo dos desvios coletados, para observar-se a incidência das ocorrências. Os resultados obtidos acenam para uma breve acomodação fonética na língua portuguesa brasileira que, gradativamente, deverá abolir os diacríticos gerais. Quanto às evidências ortográficas, estas têm sua base nos metaplasmos de adição, subtração, assimilação e permuta. Este é o caso mais freqüente, destacando-se a substituição do grafema s pelo grafema z , quando aquele surge entre duas vogais. Os resultados ainda evidenciam o uso freqüente do anglicismo, ou da marca deste, através dos grafemas k e y . Assim, a análise conclui que sendo o ato de grafar uma situação rara para o homem comum, é esta realidade, possivelmente, que justifica o surgimento espontâneo do desvio, provocando alterações lingüísticas, execradas a princípio e aceitas posteriormente pela variante padrão.