A verve do marginal em Marcelino Freire: um estudo da performance de voz subalterna na versão audiolivro da obra Contos Negreiros
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2580 |
Resumo: | O presente estudo propõe uma abordagem sobre os mecanismos utilizados para a construção da performance de voz subalterna a partir do exame da obra Contos Negreiros, do autor pernambucano Marcelino Freire, lançada em dois suportes (o impresso em 2005 e o audiolivro, em 2009). Para tanto, a pesquisa arregimenta recortes das discussões contemporâneas sobre as diferentes instâncias de exclusão/marginalização e de seus efeitos no campo da representação artística (Spivak, 2010; Virno, 2007; Hardt e Negri, 2005; Bhabha, 1998; Gumbrecht, 1998; Gilroy, 2001; Perlman 1977). Pelo tecido nessas discussões, intenta-se mostrar que, quando tomado pela literatura, o conjunto das crescentes desigualdades sociais vivenciadas, sobretudo no cenário urbano, tende a produzir, na cena atual, uma pluralidade de discursos, os quais, por meio de diferentes veículos, tentam se fazer ouvir. A escrita de Freire, e em particular na obra em questão, fortemente ancorada num mecanismo de oralização, projeta dicções impregnadas do peso que a ausência ou falência material imprime sobre os sujeitos, progressivamente empurrados para a “zona dos não convidados”. O assinalamento de um semi-reduto no jogo social, que, justamente por essas razões, cria a ambiência propícia à atuação de uma personagem-voz, que grita dores, gozos, impossibilidades e fraturas. Personas que laboram por um existir. Inquietam, chocam, indignam, enfim, presentificam, via voz, a condição dos que silenciados, viviam nas margens até então. A hipótese central, portanto, é a de que todo esse labor, essa enunciação, que pela força da voz se faz presença, transborda em dimensão performática de dentro de ambos os suportes de Contos Negreiros |