A não-narratividade no miniconto e a emergência de uma micro-escrita a-gênero
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3745 |
Resumo: | A Tese se dirigiu ao tema da não-narratividade em escritas denominadas, divulgadas ou criticadas enquanto “minicontos” (e designações afins). Percebeu-se que tal categoria, alusiva ao “gênero narrativa”, não abarca textos resistentes a uma estrutura narrativa equivalente à ou derivada da do conto. Partiu-se, então, da hipótese de que a não-narratividade nessas construções faz firmar-se uma estrutura com elementos próprios, convidativa de uma recepção peculiar. Buscou-se, assim, o entendimento da narratividade, da generização da narrativa e do conto, dos desvios narrativos, e a assimilação do “miniconto conto”, “anti-conto” e “não-conto”, antes da concentração no exercício analítico em torno do último caso. Chegou-se à defesa de que a “micro-escrita” é uma estrutura que reporta ao “miniconto não-conto”, diferenciando-se do “miniconto” propriamente dito – pensado à luz de estudos que definem o “gênero conto”, como Massaud Moisés (2006) e Ricardo Piglia (2004), e dos que tratam o miniconto como espécie de conto, hipótese aproveitada em David Roas (2011) –, e da “minificção”, que remete a uma categoria transgenérica – ponto discutido em Graciela Tomassini e Stella Maris Colombo (1996). Foram escolhidas para compor o corpus de análise um total de 64 micro-escritas redigidas no espaço dos últimos 70 anos, de autoria nacional e estrangeira. Concluiu-se que a micro-escrita prescinde da narratividade para atender a uma dinâmica em que a estruturação deixa de remeter à especificação de um gênero preexistente – o conto –, em razão de o texto estar voltado a um leitor imaginado como capaz de narrativizar o que ainda não é narrativa. |