Conflito trabalho-família e bem-estar no trabalho em psicólogos atuantes no contexto da pandemia Covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lima, Ana Luiza Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4707
Resumo: Após o governo brasileiro adotar o confinamento compulsório como medida sanitária para conter a velocidade de transmissão da Covid-19, muitos psicólogos passaram a realizar, de forma total e/ou parcial, suas atividades de trabalho em casa. A partir de então aumentou a procura por atendimentos on-line, sobrecarregando os profissionais e, ao mesmo tempo, exigindo deles uma mudança forçada na rotina de vida para conciliar as demandas de trabalho e de família. Esta pesquisa, partindo da noção de que a dificuldade em equilibrar essas demandas pode ser nociva à saúde do trabalhador, teve como objetivo analisar a associação entre conflito trabalho-família e bem-estar no trabalho em psicólogos vinculados ao CRP-13/PB, atuantes na pandemia da Covid-19. Participaram 107 profissionais de diferentes áreas da psicologia, respondendo aos seguintes instrumentos: Escala de Bem-Estar Afetivo no Trabalho (JAWS), Questionário de Saúde Geral (QSG-12), Escala de Conflito Trabalho-Família (ECTF) e um Questionário Sociodemográfico. Utilizou-se o software SPSS para efetuar testes descritivos, correlacionais (Spearman) e de regressão linear múltipla. As análises de regressão indicaram o fator Conflito Trabalho-Família como melhor previsor de todos os indicadores que avaliaram o bem-estar no trabalho, sugerindo que os profissionais mais incomodados pela interferência do trabalho na família tendem a ser mais tensos, menos afetivos no trabalho e ineficazes no exercício profissional. Apesar da interferência negativa do trabalho na família se apresentar como fator de risco à saúde mental predominaram sentimentos positivos (orgulho, agradecimento, honra), permitindo concluir que o bem-estar no trabalho está preservado na maioria da amostra. Uma possível explicação para os níveis ótimos de bem-estar no trabalho é que os desafios ocasionados pela pandemia tenham instigado sentimentos de grande satisfação com o próprio valor profissional e por contribuir com práticas inovadoras para ajudar pessoas em sofrimento. Essas constatações podem subsidiar futuras intervenções de saúde que contemplem a escuta e acolhimento ao trabalhador e ações concretas voltadas ao equilíbrio entre as demandas familiares e do trabalho.