Solidão e homoafetividade em Mosaicos Azuis Desejos, de Antonio de Pádua
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2584 |
Resumo: | Defendida por Nietzsche (2009) como uma experiência positiva, capaz de conduzir o sujeito para uma imersão na realidade, a solidão é constantemente negativada pelo empirismo e por artistas dos mais variados estilos e épocas. Longe desse maniqueísmo, inúmeros são os estudiosos que já tentaram decifrar o que há por trás do isolamento social ou da sensação de desamparo. Como maior expoente, temos Sigmund Freud (1973), o qual alega ser a solidão uma condição que está para todo e qualquer ser humano. Nas últimas décadas, o tema voltou a fazer parte do objeto de pesquisa de teóricos renomados, como Françoise Dolto (1998), na França, e Alberto Oliva (2000), aqui no Brasil. A primeira afirma que o sentimento de solidão começa a se desenvolver no momento do nosso parto, e o segundo, por sua vez, analisa o modo como a sociedade condiciona o sujeito ao estado de abandono. É nesta linha de investigação que se insere este trabalho, porém com a diferença de que se busca analisar a solidão não mais em discursos provenientes de campos puramente heteronormativos, mas em um texto literário de temática gay produzido por um escritor homoafetivo. Em termos mais específicos, procura-se determinar como a solidão é representada na obra romanesca Mosaicos Azuis Desejos, de Antonio de Pádua (2011), em suas principais instâncias de sentido. O trabalho articula-se em três momentos: no primeiro, procura-se distinguir os principais elementos da narrativa e construir uma reflexão sobre solidão e homoafetividade alicerçada na literatura, na sociologia e na psicanálise. No segundo, investiga-se o comportamento das três ordens que foram eleitas para determinação da solidão na obra examinada: narradores, personagens e espaços ficcionais. O terceiro capítulo, por outro lado, traça considerações sobre a linguagem, tempo ficcional e enredo do romance. Por fim, na última parte, são apresentados os resultados, através de dados que envolvem morte, homoafetividade e solidão. |