Sororidade e redes sociais: a possibilidade de uma aliança entre mulheres dentro das redes digitais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Angelim, Maria Roberta Medeiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Ciências Sociais e Aplicadas - CCSA
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social - PPGSS
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4801
Resumo: O presente trabalho analisou de que forma acontece a prática de sororidade entre mulheres através do grupo virtual Vamos Juntas de Campina Grande - PB. Para isso, tivemos os seguintes objetivos específicos: investigar como se deu o processo de constituição do grupo; verificar se o grupo se configura como um meio de ativismo social na internet, defendendo bandeiras do feminismo; entender por que as mulheres buscaram construir uma aliança através desse espaço; conhecer as principais demandas que chegam ao grupo; identificar o conteúdo das postagens com maior interação; realizar revisão bibliográfica acerca da sororidade. A inquietação para a pesquisa se deu pela escassez de estudos sobre a prática da sororidade, a importância que esse termo assume no feminismo contemporâneo, a dimensão que as redes sociais têm ganhado na vida das mulheres que buscam se unir e conhecer as maiores necessidades de quem integra esse espaço. Realizamos pesquisa do tipo descritivo-analítica, com abordagem quanti-qualitativa. A coleta de campo foi feita em dois momentos: através da utilização de entrevista do tipo semiestruturada realizada, por gravação de áudio via WhatsApp e por escrito, com as administradoras do grupo Vamos Juntas; e através da verificação do conteúdo das mensagens postadas pelas integrantes no grupo. Tomamos como referência as publicações de agosto, setembro e outubro de 2022. A técnica utilizada para o tratamento dos dados foi a análise de conteúdo temática. A investigação nos revelou que o grupo Vamos Juntas passou por uma reconfiguração e as demandas de violências domésticas passaram a ser tratadas de forma privada. Apesar dessa reconfiguração, o grupo resiste e se configura como um espaço seguro e de acolhimento. A prática da sororidade no grupo ocorre a partir de várias demandas: quando as integrantes buscam e oferecem serviços; quando existe a prestação voluntária de esclarecimentos jurídicos; quando há cuidado ao indicar moradia e transportes para as mulheres; no encaminhamento de doações de roupas, alimentos, móveis etc. A incidência de ativismo feminista aparece principalmente, nas postagens relacionadas a política partidária, porém ele é pequeno comparado as demais demandas. O número de curtidas e comentários das postagens é pequeno comparado a quantidade de participantes do grupo. Concluímos que a sororidade se manifestou relativamente ativa, porém ela é considerada fraca quando analisada pelo viés da interação.