Clorinda Matto de Turner: a literatura como denúncia dos conflitos políticos e sociais no Peru

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rigon, Heloisa Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3647
Resumo: Clorinda Matto de Turner (1852-1909) enfrenta as opressões machistas e políticas ao romper a linha que a sociedade patriarcal impõe às mulheres e adquire voz em um espaço majoritariamente masculino, capitalista e autoritário. Dessa posição, a escritora peruana utiliza a literatura para denunciar os conflitos políticos e sociais do seu país nas últimas décadas do século XIX, em específico, da exploração indígena pelos homens detentores do poder daquela sociedade: políticos, clérigos, judiciários e grandes proprietários de terra. O objetivo deste trabalho é apresentar C.M.T. no seu papel de ativista intelectual através das denúncias que a autora faz no romance indigenista Aves sin nido (1889), com destaque a da exploração indígena envolvendo a violência sexual do clero contra as mulheres. Analisamos o discurso das personagens que literariamente viabilizaram as denúncias, sendo, portanto, necessária uma ênfase no foco narrativo do romance. Igualmente, apresentar a imagem construída da autora como figura pública e o ativismo presente em suas atividades intelectuais reverberado a respeito da sua obra e a sua fortuna crítica. Por isso, a necessidade de contextualizar histórica, política, econômica, literária e socialmente o Peru no período pós-Guerra do Pacífico (1879-1883) e explanar o movimento indigenista na literatura. Como fundamentação teórica, serão utilizados Cornejo Polar (2003), Dal Farra (1978), Denegri (2018), Mariátegui (2007), Peluffo (2005), Sotomayor (2013), entre outros.