Acidentes escorpiônicos e tentativas de suicídio: Avaliação através da análise espacial
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2323 |
Resumo: | As intoxicações são consideradas um problema de saúde pública em virtude da impossibilidade de averiguação exata de sua magnitude e das consequências não muito claras e pouco conhecidas, discriminando-se como um problema subjetivo Sendo as intoxicações e os acidentes escorpiônicos um problema de cunho social, elas devem ser estudadas sob uma visão microrregional, local e focal, segundo a abordagem da distribuição espacial. Informações sobre a difusão espacial e temporal dessas doenças permitem entender a ocorrência dos eventos no território. Objetivo: avaliar os acidentes escorpiônicos e as tentativas de suicídio no município de Campina Grande, entre 2010 e 2013, usando técnica de geoprocessamento e, em seguida, análise espacial dos bairros a partir de indicadores socioeconômicos. Metodologia: trata-se de um estudo do tipo ecológico e exploratório, no qual se utilizaram técnicas de análise espacial de dados de área. A pesquisa foi realizada no Centro de Assistência e Informação Toxicológica de Campina Grande (Ceatox-CG). Resultados: foram notificados e atendidos pelo Ceatox-CG 1.466 acidentes escorpiônicos. A maior incidência ocorreu em indivíduos do sexo feminino (n=908, 61,9%), na faixa etária compreendida entre 13 e 28 anos (n=428, 29,2%), que clinicamente apresentaram um quadro leve (n=1401, 95,6%), sendo a dor (n=1393, 95,0%) a manifestação local mais frequente. A Zona Sul da cidade em estudo concentrou o maior número de casos registrados (n=548, 37,4%), seguido pela Zona Oeste (n=510, 34,8%). Um total de 446 tentativas de suicídio foram georreferenciadas, apontando uma incidência de 120 casos a cada 100.000 habitantes. A amostra foi majoritariamente feminina (66,4%). Em relação à idade, 62,3% possuiam até 30 anos. O mapa de Kernel evidenciou áreas de hot spots. As populações dentro dos hot spots apresentaram um risco 38% maior (Risco Relativo= 1,38; p = 0,0029) de se suicidarem, quando comparadas a populações residentes em áreas externas aos hot spots. Além disso, a área espacial de alto risco apresentou uma estimativa média de 165 tentativas de suicídios por 100.000 habitantes. Considerações finais: assim, a partir da caracterização do risco espacial, os acidentes escorpiônicos e as tentativas de suicídio poderão ser reduzidos em número e em morbidade, através da educação e adoção de medidas de prevenção pela população, bem como por intermédio da orientação aos pacientes para a procura imediata do serviço de saúde, para a rápida efetivação do manejo clínico adequado. |