Atividades biológicas e perfil proteomico do muco produzido pelo zoantídeo Palythoa caribaeorum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA, Marllyn Marques da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Saude Humana e Meio Ambiente
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24846
Resumo: O ecossistema marinho é capaz de proporcionar uma enorme diversidade de biomoléculas com potencial terapêutico. Neste ambiente altamente competitivo, os organismos precisam de barreiras químicas para se proteger reduzindo ou evitando contaminação por microrganismos. O Palythoa caribaeorum é um zoantídeo (Cnidário) que produz um muco, conhecido popularmente como baba de boi, cuja principal função é proteger a colônia contra dessecação e patógenos. O muco ainda é pouco conhecido quanto as suas propriedades físico-químicas e biológicas. Esse fato vem despertando o interesse por estudos que desvendem suas propriedades biológicas, bem como identifique a sua composição. Diante do exposto, o presente estudo teve como objetivo avaliar as propriedades biológicas do muco e determinar seu perfil proteomico. Para tal, as atividades biológicas foram testadas contra as linhagens de células S-180, Hela, MCF7, fibroblastos e J774 (macrófagos) através do método MTT. Ainda, a citotoxicidade do muco também foi avaliada em hemácias humanas e a sua capacidade antioxidante testada. O perfil proteomico foi determinado pela eletroforese 2-DE seguido da espectrometria de massa (MALDITOF). Os resultados demonstraram que o muco não exibiu ação citotóxica contra as células testadas, mas o extrato proteico apresentou viabilidade abaixo de 50 % nas linhagens de MCF-7 e S-180. A linhagem celular J774 tratada com o extrato proteico apresentou IC50 de 6,9 μg/mL. Entretanto, no tratamento de fibroblastos com o extrato proteico (6,25 μg/mL) foi visualizado crescimento celular. Na avaliação antimicrobiana o extrato proteico apresentou CMI de 250 μg/mL para Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis. O muco não apresentou atividade hemolítica e foi capaz de reduzir em 50 % do radical ABTS. O estudo proteomico pela eletroforese 2-DE, mostrou a presença de 76 spots, dos quais 14 foram identificados pela MALDI-TOF. São estas, “glutamyltRNA synthetase”, “Hypothetical protein PFICI_09699” e “Hypothetical protein NECAME_18605”, “Proteasome subunit aloha type-1”, “PAS domain S-box protein, parcial”, “Uroporphyrinogen-III synthase”, “Beta-2-microglobulin”, “Zinc metalloproteinase-disintegrin-like”, “mitochondrial import inner membrane tranlocase subunit Tim 10”, “deoxynucleoside triphosphate triphosphohydrolase SAMHD1-LIKE isoform X2”, “Zinc Finger Protein 654”, “Deleted in malignant brain tumors 1 proteinlike”, LIN-52. “Killer protein”. Desse modo, conclui-se que o extrato proteico apresentou proteínas com potencial ação antibiótica, cicatrizante e antitumoral. Portanto, o muco produzido pelo P. caribaeorum se apresenta como uma fonte rica em matéria-prima para isolamento de moléculas com importante potencial biotecnológico e farmacêutico.