A violência política de gênero perpetrada contra as mulheres candidatas a vereadoras na eleição de 2020 na cidade de patos-PB

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Alves, Flávia Cristina dos Santos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba; Centro de Ciências Sociais e Aplicadas - CCSA
• Palavras-chave em Português: Mulheres candidatas, Feminismo, Divisão sexual do Trabalho, Patriarcado, Violência política de gênero.; CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL
• Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/5008

Apesar dos avançado no direito à cidadania, fruto da luta dos movimentos feministas, as mulheres ainda não ocupam o Parlamento em situação de igualdade aos homens. A representatividade das mulheres ainda está muito aquém do peso quantitativo que elas têm no eleitorado brasileiro. É sobre esta situação que esta pesquisa lança a lupa buscando trazer a baila as questões culturais, econômicas e políticas que reproduzem as relações de poder que ainda são muito presentes na construção social, reforçando a superioridade do masculino em relação ao feminino. Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo geral analisar a violência política de gênero perpetrada contra as mulheres candidatas a vereadoras nas referidas eleições na cidade de Patos-PB. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou como método o estudo de caso, a partir das técnicas de revisão sistemática e documental, além de entrevistas com as mulheres que participaram como candidatas a vereadoras nas eleições de 2020. Os dados coletados passaram por uma análise de conteúdo. Os resultados mostraram que a divisão sexual do trabalho e a ausência de capital financeiros foram barreiras significativas nas campanhas das mulheres. Verificou-se que a violência política de gênero atinge as mulheres independente de ideologia, filiação partidária, classe e raça. A violência política de gênero se apresenta na vida das mulheres candidatas da cidade de Patos de diferentes formas, como importunação sexual, violência psicológica, ataques a vida privada, etc. Os dados revelaram que na compreensão social sobre ser candidata predomina tudo em relação à máquina misógina e patriarcal. Ficou evidente a falta de apoio dos partidos às campanhas das candidatas. Como conclusão verifica-se que o desafio para as mulheres candidatas ainda é grande, necessitando continuar a luta e a organização política por direitos democráticos e sociais para a superação do sistema machista que ainda predomina na política partidária.