Comportamento espacial das notificações da violência urbana contra as mulheres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Gustavo Correia Basto da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4061
Resumo: Introdução: a violência contra a mulher é considerada um fenômeno histórico multicausal e complexo, caracterizado por condutas, pautadas no gênero, que possam causar algum tipo de dano, sendo considerado um grave problema de Saúde Pública. Portanto, faz-se necessário o monitoramento desse fenômeno por meio das notificações oriundas dos serviços de saúde rastreados pelo Sistema de Vigilância de Violência Interpessoal e Autoprovocada (VIVA/SINAN). Objetivo: analisar o comportamento espacial das notificações da violência contra a mulher, entre os anos de 2014 e 2017. Materiais e Métodos: trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e analítica, com delineamento transversal, embasada nas notificações da violência contra a mulher junto ao SINAN. O estudo, de caráter censitário, analisou todas as Fichas de Notificação Individual (FNI) envolvendo mulheres vítimas da violência em um município do nordeste brasileiro. As variáveis foram selecionadas de acordo com os campos de preenchimento da ficha, de forma a identificar o perfil sociodemográfico da vítima, a tipologia da violência e possibilitar a verificação do comportamento espacial. Foram geradas estatísticas descritivas e analíticas. Ao tratar o aspecto espacial - distribuição e autocorrelação - foram empregados os índices de Moran e a Estatística C de Geary, ao nível de significância de 95%. A fim de demonstrar os resultados dos testes, foram empregados o Lisa Maps e o Moran Maps, além do Diagrama de Moran. Resultados: a violência psicológica foi a mais frequente (80,1%) e o perfil identificado nas notificações foi: adultas jovens (40,9%), com menos de oito anos de estudos (47,0%), não brancas (65,8%), sem companheiros (56,5%), heterossexuais (87,3%), não deficientes (81,5%). O comportamento espacial demonstrou uma distribuição irregular entre os bairros. Quanto à autocorrelação espacial entre os bairros, não houve significância estatística, confirmando não ocorrer dependência espacial entre eles. Conclusões: a violência contra a mulher atinge, com mais frequência, mulheres adultas com baixo nível social e comporta-se de forma independente no âmbito espacial, entre os bairros da cidade, revelando a necessidade do fortalecimento das políticas públicas de combate a esse fenômeno.