Literatura e Direitos Humanos: os monstros na obra de Charlaine Harris

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Calissi, Luciana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3639
Resumo: A proposta deste trabalho é uma reflexão sobre os direitos humanos a partir da literatura vampiresca de Charlaine Harris pensada como uma experiência etnográfica. É sobre o monstruoso, o excluído social e a violência decorrente desta exclusão. É sobre nós, que monstrualizamos e somos monstrualizados, excluímos e somos excluídos; dinâmica representada nos espaços ficcionais desta narrativa escolhida como corpus. O corpus de análise são os três primeiros títulos da série de livros intitulada The Southern Vampire Mysteries (2001- 2013), desta autora. Seus personagens, vampiros, lobisomens e outras estranhas criaturas, vivenciam formas de opressão, bem como desenvolvem práticas de resistência, que indiciam as experiências históricas que possibilitaram pensar sobre os avanços e retrocessos nos embates por direitos civis/direitos humanos na contemporaneidade. O objetivo deste estudo se refere a sua tese; reconhecer a produção literária que tematiza os monstros, como espaços de heterotopia e estes espaços como representação (CHARTIER, 1990) do contemporâneo. Quando Harris incorpora seus personagens na vida cotidiana do espaço social criado na trama, cria espaços de heterotopia, aqui compreendida como criação de espaços outros, nem utópico, nem real, um espaço ficcional que tem como referência o real, e que amplia nosso olhar sobre mundos (FOUCAULT, 2007). Este trabalho tem como metodologia a interdisciplinaridade; um diálogo entre história, literatura, antropologia e a teoria dos direitos humanos. Deste entre conhecimento, conceitos importantes como humano/inumano, colonização/descolonização, multiculturalismo/multinaturalismo, identidade/alteridade, foram adotados e desenvolvidos para esta análise. Desta forma, utilizamos como referências teórico-metodológicas a produção reflexiva de autores como Eduardo Viveiros de Castro (2015), James Clifford (2002), Giorgio Agamben (2007), Peter Pál Pelbart (2011), Júlio Jeha (2007), Luis Alberto Warat (2017), Rogério Pacheco Borges (2015), entre outros.