A diplomacia midiática no Governo Dilma Rousseff (2011-2016): a relação do Estado brasileiro com a imprensa internacional

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Silva, Thais Emmanuelle Cirino Maximino da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba; Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas - CCBSA; Brasil; UEPB; Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais - PPGRI
• Palavras-chave em Português: Diplomacia midiática; Meios de comunicação de massa; Construtivismo; Política externa brasileira; Dilma Rousseff; Media Diplomacy; mass media; Constructivism; Brazilian foreign policy; OUTROS::RELACOES INTERNACIONAIS
• Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3439

A presente dissertação analisa o uso da diplomacia midiática na política externa no governo de Dilma Rousseff (2011-2016) usando como base as reflexões teóricas sobre o tema, bem como, as informações disponíveis nos canais institucionais do governo brasileiro acerca dos investimentos realizados no setor de modo a verificar de que maneira o Estado utilizou os recursos de mídia para dialogar no sistema internacional. Desse modo, optou-se por utilizar nesta pesquisa os conceitos de diplomacia midiática utilizados por Gilboa (2001, 2002, 2009) e autores como: Beltrão (2015), Mattelart (1990), Elias (2006), Baena (2007), Valente (2007), Camargo (2011), Burity (2012) e Nogueira (2016); a fim de tecer uma relação entre os estudos envolvendo Comunicação e Relações Internacionais no Brasil. O primeiro capítulo aborda a questão teórica sobre o reconhecimento da mídia como um novo ator das Relações Internacionais, destacando a influência dos meios de comunicação sob a opinião pública e o envolvimento desta nas tomadas de decisões dos governos na prática de política externa. O segundo capítulo busca analisar o envolvimento da mídia nas questões diplomáticas do Brasil com a proposta de enriquecer a discussão sobre o uso dos meios de comunicação como canais diplomáticos, contextualizar a tradição diplomática do país e levantar dados sobre como o Governo Dilma utilizou-se da mídia como ferramenta de política externa. O terceiro capítulo analisa a relação entre teoria e prática a partir de três casos concretos nos quais o governo brasileiro fez uso dos meios de comunicação de massa com fins diplomáticos. A partir dos exemplos analisados, quais sejam, a Copa do Mundo do Futebol (2014), o processo de impeachment da ex-presidente (2016), e as denúncias de espionagem dos EUA ao Brasil (2013), foi possível perceber a utilização da mídia como recurso diplomático, ainda que em maior ou menor proporção nas diferentes ocasiões, ressaltando a preocupação do governo em ampliar os canais de contato com os públicos estrangeiros com a finalidade de influenciar na tomada de decisões no cenário internacional.