Movimentos para fora do eu e produção de singularidades na poesia brasileira contemporânea escrita por mulheres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ferreira, Jailma da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3651
Resumo: Nosso intuito neste trabalho de dissertação é apresentar um panorama acerca da voz poética na poesia brasileira contemporânea escrita por mulheres, a partir das produções poéticas de Cora Coralina, Ana Cristina Cesar, Alice Ruiz e Marília Garcia. Pretendemos compreender como a voz poética tem sido engendrada nesta(s) poesia(s), haja vista que muitos estudos ainda entendem essa voz como um eu uno, idêntico, essencialista. Nossa pretensão é, pois, notabilizar que a voz realiza movimentos para fora do eu, produz singularidades. O ‘eu poético’ é descentralizado, fragmentado; não tem, portanto, uma substância única, identitária, fechada, desde sempre, mas é processo, devir. Desta feita, o próprio fazer poético também é refletido, problematizado. Isto posto, alguns estudos nos ajudam a entender melhor estes movimentos, como Rezende (2013), Garramuño (2016) e Magalhães (2017), no tocante ao eu poético e à poesia contemporânea; Cortázar (1947) e Justino (2015; 2019) acerca dos movimentos para fora do eu; Klinger (2007) e Nascimento (2017), a respeito da autoficção; Deleuze e Guattari (1995; 1997a; 1997b), sobre alguns conceitos fundamentais como rizoma, corpo sem órgãos, devir, etc.; e Busato (2015), quanto ao espaço urbano e sua relação com os sujeitos; entre outros aportes teóricos que contribuíram para o desenvolvimento desta pesquisa. Este trabalho está dividido em três momentos, no primeiro estudamos a poesia de Cora Coralina, buscando entender como a autoficção está circunscrita em seus textos; no segundo abordamos a poesia de Ana Cristina Cesar e Alice Ruiz, compreendendo como o devir-mulher é engendrado pelas poetas; no terceiro discutimos os deslocamentos da voz poética na poesia de Marília Garcia. Ressaltamos, ainda, que esses conceitos se cruzam, em algum momento, nos projetos poéticos de cada uma das escritoras e, é a partir deles que podemos entender de que maneira acontecem os movimentos para fora do eu em suas poesias.